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Brasileiro terá desafio de convencer líderes mundiais a assumirem combate à fome como compromisso

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A partir de amanhã (1º) até o final de 2015, o ex-ministro José Graziano da Silva, de 62 anos, assume a direção-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Para a secretária do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome brasileiro, Maya Takagi, Graziano terá como desafio conseguir convencer os governos nacionais a assumirem o compromisso político de combater a fome nos seus territórios.

Graziano toma posse amanhã, em Roma. De acordo com os últimos relatórios divulgados pela FAO, existem hoje cerca de 500 milhões de pessoas em situação de fome no mundo, a maior parte concentrada na África e Ásia. Para a secretária, que trabalhou na estruturação do programa Fome Zero em parceria com Graziano, o trabalho da FAO não pode ser assistencialista.

“Não é tratar a fome como ajuda humanitária apenas. Precisamos fazer ajuda humanitária, mas é mais do que isso. É cooperação técnica, cooperação na formulação de políticas, programas que vão além da doação de alimentos”, disse Maya Takagi.

A secretária disse que um dos exemplos de apoio e cooperação se refere aos programas de compra de alimentos do governo brasileiro que têm foco na aquisição de produtos do pequeno agricultor familiar. “O nosso programa de compra de alimentos, que faz a ponte entre a produção local, estimulando a agricultura familiar, para destinar os alimentos a famílias que estão passando fome, tem sido um bom exemplo de sucesso”, disse ela.

Maya Takagi lembrou ainda que é necessário associar o estímulo ao crescimento econômico com a distribuição de renda. Segundo ela, “um alimenta o outro”. Graziano, nos seus discursos, costuma demonstrar que pensa da mesma forma. Nos últimos cinco anos, ele atuou na agência regional da FAO para a América Latina, sediada no Chile.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade

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Graziano diz que América Latina pode erradicar a fome até 2025

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José Graziano assume o cargo de diretor-geral da FAO

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome e economista José Graziano, de 62 anos, assume amanhã (1º) o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Ele ficará no cargo até julho de 2015. Pela frente, Graziano tem o desafio de convencer os líderes da comunidade internacional a assumir a erradicação da fome como meta política.

Nos últimos cinco anos, Graziano atua na FAO como representante da agência na América Latina e no Caribe. Em 26 de junho do ano passado, ele foi eleito o novo diretor-geral da FAO com 180 votos contra 92. Na disputa, estava o ex-ministro de Relações Exteriores da Espanha Miguel Ángel Moratinos.

Como diretor-geral da FAO, Graziano tem pela frente vários desafios, um deles é enfrentar o fato de cerca de 500 milhões de pessoas serem apontadas como famintas no mundo. O novo diretor terá ainda de lidar com a tendência de alta dos preços dos alimentos, na próxima década, no momento em que a situação se agrava na região denominada Chifre da África, que fica ao Nordeste do continente africano.

Para erradicação da fome e da pobreza no mundo, Graziano defende parcerias por meio de programas que já produzem resultados positivos em diferentes países e que, para ele, devem ser usados como meios para atenuar tensões e conflitos. Segundo ele, os confrontos podem ser resolvidos por meio da geração de oportunidades.

Graziano foi titular do Ministério da Segurança Alimentar no início da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e responsável pela implantação do Programa Fome Zero. Ele é formado em agronomia e com pós-doutorado em estudos latino-americanos pela Universidade da Califórnia e há pelo menos três décadas dedica-se aos estudos de questões relacionadas ao desenvolvimento rural e à luta contra a fome.

Edição: Lana Cristina

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