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COPOM reduz taxa básica de juros para 8,5 porcento ao ano, a menor desde julho de 2010

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu, hoje (30), para 8,5% ao ano a taxa básica de juros que remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). É o nível mais baixo da taxa Selic, desde que a atual política monetária foi adotada, no início de 1999. Antes, o menor índice (8,75%) vigorou de julho de 2009 a abril de 2010.

A redução veio em linha com as expectativas da maioria dos analistas financeiros, como mostra o boletim Focus, divulgado pelo BC na última segunda-feira (28).

Foi a sétima redução consecutiva da taxa básica de juros, que chegou a 12,5% em julho do ano passado, começou a declinar no mês seguinte e, desde então, caiu 4 pontos percentuais.

A definição da Selic em 8,5% foi unânime. “O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O comitê nota ainda que até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária”, disse o comitê em nota. A decisão é sem viés, ou seja, não será alterada até a próxima reunião do colegiado.

Em razão do longo processo de afrouxamento da política monetária, que já dura dez meses, como forma de estimular o consumo interno e reativar a economia, a maioria dos analistas financeiros acredita que o processo de redução da Selic deve cair também na próxima reunião do Copom, agendada para os dias 10 e 11 de junho.

Apesar de a inflação permanecer acima do centro da meta traçada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%, os analistas acreditam que a taxa básica de juros descerá até 8%, permanecendo nesse patamar a médio prazo, com possibilidade de voltar a subir em 2013 – algo em torno de 9,5%.

A reunião desta quarta-feira foi a primeira em que o voto dos diretores foi divulgado, conforme determina a Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor há duas semanas.

Edição: Lana Cristina

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://agenciabrasil.ebc.com.br

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Selic cai 0,5 ponto em nome do crescimento

Nova taxa de 8,5% é a menor no país desde 1986 e aciona novas regras para a poupança

São Paulo – Há tempos o Brasil não experimentava taxas básicas de juros tão baixas. Nesta quarta-feira 30, o Copom (Conselho de Política Monetária) decidiu reduzir em 0,5 p.p a Selic alcançando 8,5% ao ano, a menor desde 1986, quando teve início a série histórica.

Cada corte de 0,5 p.p. gera uma economia de cerca de R$ 9,5 bi para o governo federal, no pagamento da dívida pública do país. Esse montante voltará para a sociedade em programas que têm ajudado a alavancar o crescimento do Brasil. Para o período 2011-14, por exemplo, R$ 9,4 bilhões estão destinados a projetos de transformação de favelas em bairros populares em mais de 300 municípios de 14 estados.

A última vez que o país conheceu taxas de juros nominais em patamares similares foi em julho de 2009, com 8,75%, no auge do reflexo da crise financeira internacional. Mas, a partir de então, o percentual se elevou até chegar a 12,5% ao ano em julho e agosto de 2011, com o argumento de frear a economia e conter a inflação.

As medidas foram muito rígidas e a economia brasileira desaqueceu além do esperado, refletindo também os problemas que abatiam os mercados dos países importadores dos nossos produtos. Em 2011 o crescimento do PIB ficou em apenas 2,7% e os dados do início deste ano também não são animadores, principalmente no setor industrial.

Com a nova taxa, o Brasil passa a ocupar o terceiro posto de melhor pagador de juros reais (já descontada a inflação) do mundo (2,8%), deixando para Rússia (4,3%) e China (3,1%) a primeira e a segunda posição, respectivamente (cálculos da Cruzeiro do Sul Corretora).

A outra novidade desta reunião é que pela primeira vez será obrigatória a divulgação dos votos de cada diretor do Copom. A mudança busca adequar o órgão à lei de acesso a informações públicas, que entrou em vigor em 16 de maio.

Poupança – Com a taxa básica da economia em 8,5% o gatilho para aplicação das novas regras da poupança será pela primeira vez acionado. Os depósitos em caderneta realizados a partir de 4 maio passam a ser remunerados por 70% da Selic (5,95%) mais a Taxa Referencial. A regra antiga, 6,17% mais a TR, remunera somente os depósitos realizados antes dessa data ou quando a Selic estiver acima 8,5% a.a..

No início de maio o governo anunciou essas medidas para alterar a poupança que era considerada a principal “trava” para a redução da Selic, já que a remuneração da caderneta estabelecia um “piso” para as demais aplicações financeiras.

Redação – 30/5/2012

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br

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