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Por 10:06 Bradesco

Apesar do lucro de R$ 8,6 bi até setembro, Bradesco reduz empregos

Apesar do lucro de R$ 8,6 bi até setembro, Bradesco reduz empregos

O Bradesco foi o primeiro grande banco a divulgar o balanço do terceiro trimestre deste ano. A instituição financeira anunciou nesta segunda-feira (22) um lucro líquido ajustado de R$ 8,605 bilhões, alta de 2,1% sobre os primeiros nove meses de 2011.

Esse é o quarto maior lucro da história entre os bancos de capital aberto brasileiro. O maior lucro para o mesmo período do setor é do Itaú Unibanco, em 2011, no valor de R$ 10,94 bilhões.

No terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado foi de R$ 2,893 bilhões, o que representa alta de 1,01% sobre igual intervalo do ano passado e alta de 0,91% frente ao segundo trimestre de 2012.

“Esse resultado estrondoso abre nova safra de lucros abundantes dos bancos brasileiros. Queremos que o Bradesco retome as negociações permanentes, discutindo a geração de empregos e o atendimento da pauta específica dos funcionários do banco”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Novo truque da PDD

Conforme análise preliminar do Dieese, o banco voltou a usar a manobra contábil das elevadas provisões para devedores duvidosos (PDD). O montante provisionado foi de R$ 3,303 bilhões de julho a setembro, alta de 18,9% contra o mesmo período de 2011.

Em relação ao segundo trimestre deste ano, houve diminuição de 3,1%. No acumulado de 2012 em comparação a igual período de 2011 houve um crescimento de 29,4%.

Já o índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou uma pequena queda, encerrando setembro em 4,1%, o que representa 0,1 ponto percentual a menos em relação ao trimestre anterior.

“Se não fosse esse truque da PDD, cujos valores não se justificam diante dos números de inadimplência, o lucro teria sido ainda maior”, aponta Cordeiro.

Mais cortes de empregos

Apesar do lucro astronômico, o Bradesco fechou 431 postos de trabalho entre julho e setembro, a exemplo do trimestre anterior quando foram eliminadas 571 vagas, totalizando 1.002 cortes de empregos nos últimos seis meses. Com isso, o quadro caiu para 104.100 funcionários.

“É inaceitável a redução de postos de trabalho, enquanto cresce o lucro bilionário do banco”, aponta o presidente da Contraf-CUT. “Em vez de demitir, o banco precisa contratar, a exemplo de outros setores da economia brasileira, e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país com geração de empregos e distribuição de renda”, enfatiza.

Menos funcionários, mais agências

O Bradesco abriu novas agências. O banco atingiu 4.665 unidades em setembro, aumento de 18,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve também expansão do número de correspondentes para 41.713, o que significa 33% a mais do que setembro de 2011.

“Menos funcionários e mais agências significa mais sobrecarga de trabalho. Isso explica por que os bancários estão mais estressados e crescem os casos de adoecimento”, alerta o dirigente sindical.

Mais rotatividade

As despesas de pessoal caíram para R$ 3.118.878, uma queda de 7,69% em relação a R$ 3.378.538 em setembro de 2011 quando o banco tinha mais funcionários.

“Isso comprova com os números do balanço o efeito perverso da rotatividade que o Bradesco utiliza para reduzir custos e turbinar os lucros”, denuncia Cordeiro.

Mais receitas de tarifas

As receitas com prestação de serviços cresceram 16,39% em 12 meses, passando de R$ 2.889.439 para R$ 3.362.954, e 4,92% apenas no último trimestre, de R$ 3.362.954 para R$ 3.362.954.

Além disso, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de prestação de serviços mais renda das tarifas bancárias cresceu 27,23 pontos percentuais, passando de 111,65% para 138,88%.

“O aumento dessas receitas compensou tranquilamente as pequenas reduções nas taxas de juros de algumas linhas de crédito”, aponta Cordeiro. “Além disso, os números revelam que tais receitas cobrem sozinhas todas as despesas de pessoal do banco e ainda sobra quase 39%”, salienta.

Novos balanços

Mais quarto bancos possuem datas previstas para a divulgação dos balanços do terceiro trimestre. Nesta terça-feira (23) é a vez do Itaú.

O Santander anuncia os resultados nesta quinta-feira (25) e o Banco do Brasil, no dia 31. O outro banco é o Banrisul, no dia 12 de novembro.

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

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O Bradesco divulgou nesta segunda-feira (22) lucro líquido ajustado de R$ 2,893 bilhões no terceiro trimestre, o que representa alta de 1% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro líquido contábil, que serve de base para o cálculo de dividendos, foi de R$ 2,862 bilhões entre julho e setembro, com aumento de 1,7%.

Com isso, nos nove primeiros meses do ano, o Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 8,605 bilhões, alta de 2,1% sobre igual intervalo de 2011.

A carteria de crédito expandida, que inclui avais e fianças, atingiu R$ 371,674 bilhões ao fim de setembro, com crescimento de 11,8% em relação ao mesmo período de 2011. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 114,536 bilhões (alta de 8,7%), enquanto as com empresas atingiram R$ 257,138 bilhões (aumento de 13,3%).

Em relação ao segundo trimestre deste ano, a carteira de crédito expandida cresceu 1,8% e foi impulsionada pelos desembolsos para as pessoas físicas. Esse estoque atingiu R$ 114,5 bilhões em setembro, com alta de 2,1% na comparação com junho.

O maior avanço ocorreu no financiamento imobiliário, que avançou 7,8% no trimestre, com R$ 9,54 bilhões. O crédito consignado e o pessoal também tiveram uma expansão importante, de 3,7% e 3,2%, respectivamente.

Já a carteira de financiamento de veículos encolheu 1% no trimestre, com R$ 31,8 bilhões. Em 12 meses, esse segmento também apresenta retração, de 2,2%.

Entre as pessoas jurídicas, a carteira cresceu 1,7% no trimestre, com R$ 257,1 bilhões. O destaque ficou por conta do financiamento imobiliário (+9,2%), veículos (+6,9%) e operações no exterior.

Pelo conceito tradicional, sem levar em conta a carteira expandida (que inclui, por exemplo, avais e fianças), o crédito no Bradesco se expandiu 1,8% no trimestre e 9,2% em 12 meses.

O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 4,1%, com queda de 0,1 ponto percentual na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Esse movimento foi puxado, principalmente, pela redução dos atrasos no segmento de grandes empresas, que caiu de 0,9% para 0,4%. Entre as pessoas físicas, os calotes ficaram estáveis em 6,2%. Já nas pequenas e médias empresas, houve uma alta de 0,1 ponto percentual, para 4,3%.

A despesa com provisões para devedores duvidosos (PDD) foi de R$ 3,3 bilhões no terceiro trimestre, com um salto de 18,9% sobre o mesmo período do ano anterior.

Contraf-CUT

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