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Cenário em investimentos impacta resultados de 2012 na FUNCEF

Demonstrações contábeis do exercício social passado foram submetidas à apreciação do Conselho Deliberativo nesta quarta-feira, em Brasília

Os investimentos em ações e em fundos de participação em empresas refletiram as dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo e puxaram para baixo o resultado da Funcef em 2012.

As demonstrações contábeis do exercício social passado, das quais se extrai esta conclusão, foram submetidas à apreciação do Conselho Deliberativo da Fundação em reunião realizada nesta quarta-feira, dia 27 de março.

O déficit registrado pela Funcef em 2012 foi de R$ 1,37 bilhão. A meta atuarial para o ano foi 12,04% e a rentabilidade alcançada foi de 9,34%.

A carteira de renda variável foi a principal responsável pelo resultado negativo. O maior impacto decorre dos investimentos feitos em fundos de participação ou ações em empresas, especialmente para investimento indireto na Vale, onde se concentra o maior volume de recursos da carteira.

O investimento nesse fundo é da ordem de R$ 8,3 bilhões e já deu expressiva contribuição para a geração dos resultados superavitários na maioria dos anos anteriores. “Estamos falando de um investimento sólido e de ótima rentabilidade, cuja importância é dada pela perspectiva de longo prazo”, ressalta do diretor eleito da Funcef Antônio Bráulio de Carvalho, titular da pasta de Planejamento e Controladoria.

Outro impacto significativo na carteira de renda variável resultou da forte desvalorização das ações da empresa de telefonia Oi (Telemar).

Desempenho por planos
Entre os planos de benefícios, o déficit acumulado ficou concentrado no REG/Rplan saldado (R$ 1,3 bilhão) e no REG/Replan não-saldado (R$ 59 milhões). A rentabilidade do primeiro ficou em 8,95% e a do segundo em 9,38%.

O REB ficou bem próximo da meta:11,29%. Mesmo assim, fechou com resultado acumulado superavitário de R$ 50 milhões.

O Novo Plano ficou superavitário em R$ 6,7 milhões, com 12,91% de rentabilidade em 2012. A principal explicação para esse resultado diferenciado está no fato de ser este um plano que carrega volume bem menor de investimentos impactados pelas dificuldades do mercado de ações, como é o caso do REG/Replan saldado.

O fato de ter ocorrido déficit no REG/Replan saldado e no REG/Replan não-saldado não significa que os participantes desses planos estejam sob risco iminente de aumento de contribuição ou de redução de benefícios. “Não haverá nenhuma coisa e nem outra, porque resultado negativo em um ano não significa que já tenham de ser alteradas projeções de compromissos futuros. Estamos ainda um pouco longe disso”, explica o presidente da Fenae, Pedro Eugênio Leite.

Déficit X destinação de superávits anteriores
O registro de déficit pela Funcef em 2012 não se explica apenas pelas dificuldades decorrentes do cenário econômico desfavorável, mas também pela destinação dada aos resultados superavitários alcançados pelos planos de benefícios em anos anteriores.

Desde de 2006, os órgãos de gestão da Funcef (Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Conselho Dleiberativo) optaram por destinar os recursos para a retirada do limite de idade para fins de aposentadoria (R$ 5,2 bilhões em valores atualizados), à tomada de medidas de prudência em relação aos planos de benefícios, como mudanças de tábuas de mortalidade (R$ 3,8 bilhões), redução de taxas de juros (R$ 2,2 bilhões) e a mudanças de método de financiamento (R$ R$106 milhões).

Nesse período, foram concedidos ainda reajustes reais aos benefícios saldados. Além de 10,79% e de outros 4% concedidos no momento em que se deu o saldamento, cujos custos em valores atualizados foram da ordem de R$ 4 bilhões, houve ainda mais 12,30% de reajuste real nos anos subseqüentes a 2006, que implicou em custo (atualizado) de mais R$ 3,3 bilhões.

Tudo somado, foram R$18,9 bilhões investidos na segurança dos planos e em mais benefícios para o participantes.

Esse montante, caso não tivesse sido utilizado pela Funcef da forma que foi, teria tido a mesma destinação que é dada pelos demais fundos de pensão. Por força da Resolução 26 do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC), parte teria retornado à patrocinadora, parte teria sido distribuída aos participantes (como um abono e não em forma de reajuste) e outra parte teria constituído reserva de contingência, que agora poderia ser usada para anular o déficit de 2012.

Para as representações dos associados da Funcef, o Fundo para Revisão dos Benefícios saldados é um instrumento da distribuição de resultados que não se coloca em questão, assim como não são questionáveis todos os outros investimentos que foram feitos na adequação e na segurança dos planos de benefícios desde 2006.

“O que temos que fazer é valorizar o que foi feito de positivo nesses últimos anos, identificar eventuais problemas que contribuíram para esse déficit de 2012, especialmente os que não se explicam totalmente pelas adversidades do momento econômico, como é o caso da acentuada queda nas ações de Telemar, para que os resultados da Fundação sejam sempre os melhores possíveis”, enfatiza o presidente da Fenae, Pedro Eugênio Leite.

Sem destoar dessa observação feita por Pedro Eugenio, de que o déficit do último exercício deixa mais nítidos os ajustes que precisam ser feitos na política de investimentos da Fundação, o diretor eleito da Funcef Antônio Bráulio de Carvalho aborda o resultado de 2012 como “um dos pontos fora da curva” no desempenho da Funcef nos últimos 10 anos, como o outro ocorrido em 2008, quando o déficit foi também significativo. “Ambos se deram em ambiente de crise econômica mundo afora e de mudanças na economia brasileira, entre as quais se destaca a expressiva e bem-vinda redução das taxas de juros”, diz ele.

Notícia colhida no sítio http://www.fenae.org.br/portal/data/pages/8A19A3E23D9D10D9013DAD910C84407A.htm

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Conselho Deliberativo aprova Balanço de 2012

27/3/2013

Mesmo diante de cenário econômico desafiador, FUNCEF alcança resultados positivos em 2012

O Conselho Deliberativo da FUNCEF aprovou nesta quarta-feira (27/3) as Demonstrações Contábeis dos planos de benefícios administrados pela Fundação, relativas ao exercício de 2012.  Mesmo diante da consistente redução da taxa de juros (Selic) e dos efeitos do baixo crescimento econômico global que impactou o desempenho do mercado de capitais, a gestão adequada dos recursos permitiu à FUNCEF encerrar o ano com resultados positivos.

Confira aqui a íntegra do Balanço de 2012

Entre os destaques de 2012 estão o crescimento dos ativos totais da Fundação, que passaram de R$ 47,9 bilhões em 2011 para 52 bilhões em 2012 (valorização de 8,56%), o pagamento de mais de R$ 1,9 bilhão em benefícios, além de mais de 10 mil adesões ao Novo Plano, levando a FUNCEF a superar a marca de 127 mil participantes.

Planos de benefícios

Com 12,9% de rentabilidade, o resultado do Novo Plano superou a meta atuarial de 12,04% (INPC + 5,5%), que corresponde ao retorno estimado dos investimentos para garantir o pagamento futuro dos benefícios. As modalidades saldada e não saldada do Reg/Replan obtiveram, respectivamente, rentabilidades de 8,9% e 9,3%. Já o REB registrou 11,2% de rentabilidade.

Apesar desses planos não terem atingido a meta atuarial, os resultados, avaliados a partir do comportamento da economia e das perspectivas de longo prazo dos compromissos atuarias da Fundação, são considerados positivos.

A tabela abaixo mostra o crescimento dos recursos garantidores em relação a 2011.

 

Desde 2005, a Política de Investimentos passou a priorizar alocações em prazos mais longos, respeitadas as necessidades de liquidez de cada plano, e atreladas ao crescimento econômico e à inflação, de modo a reduzir o peso da carteira atrelada a juros pós-fixados (Selic) no portfólio de ativos dos planos. O gráfico abaixo demonstra essa estratégia:

Baseada no conceito de ‘balanceamento de riscos’, as diretrizes da Política de Investimentos da FUNCEF, além de garantir ótimos retornos nos períodos de crescimento econômico, minimizam os impactos negativos nos períodos de crises e turbulências nos mercados.   

Carteiras

Os ganhos com investimentos em 2012 foram de R$ 4,3 bilhões. O destaque ficou por conta dos investimentos imobiliários que alcançaram rentabilidade de 20,4%, bem acima da meta atuarial. Confira a performance de cada carteira:

Os efeitos da continuação da crise econômica que assolou várias economias, em especial na Zona do Euro, e a desaceleração da economia global impactaram a rentabilidade dos ativos da Fundação alocados em renda variável. Neste segmento o destaque foi o Fundo Carteira Ativa II, que detém participação na companhia Litel, cujo ativo principal são ações da Vale. A mineradora teve seu desempenho em 2012 afetado pela queda dos preços do minério de ferro, uma das consequências do cenário macroeconômico adverso.
Mesmo com o resultado positivo da Bovespa no ano passado, o desempenho desse mercado não foi suficiente para recuperar as perdas registradas em 2011, quando o índice da bolsa fechou em queda de mais de 18%.
Em função principalmente do comportamento do mercado de capitais, o REG/Replan, em ambas as modalidades – saldada e não saldada – findou o exercício com déficit. O REB e o Novo Plano apresentaram superávit, conforme quadro a seguir:
Apesar do resultado negativo apresentado pelo REG/Replan no exercício, dado o montante e a natureza conjuntural do déficit apurado, não serão necessárias medidas de equalização em 2013, o que preserva o poder de compra dos benefícios e mantém inalteradas as contribuições da modalidade não saldada.
Apresentação dos resultados
A FUNCEF apresentará os resultados e desafios da Entidade para os seus participantes. Em abril, haverá apresentações presenciais em Brasília e a veiculação de um vídeo, divulgando os resultados, no site e no canal da FUNCEF no Youtube. Ocorrerá ainda um webchat onde os participantes poderão enviar perguntas aos diretores ou gestores da Fundação.
Comunicação Social da FUNCEF
Notícia colhida no sítio http://www.funcef.com.br/ccom/PageSvr.aspx/Get?id_doc=5225
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