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Quem luta, conquista mais empregos!

Contratar para acabar com a sobrecarga de trabalho

Bancos privados extinguiram mais de 10 mil postos de trabalho no último ano. Quem ficou, está no limite. Emprego é tema da rodada de negociação dos dias 15 e 16/08, quinta e sexta-feiras

São Paulo – Os trabalhadores bancários estão no limite. O ritmo estressante de trabalho está na rotina da categoria que, além de enfrentar a convivência com a pressão por metas que adoece, tem de lidar com a sobrecarga decorrente do número insuficiente de profissionais nas agências, postos de atendimento e centros administrativos dos bancos no Brasil.

 

Se em 1990 havia mais de 730 mil bancários no país, em 2001, eram menos de 390 mil. A retomada do crescimento econômico e a expansão das operações de crédito levaram a categoria ao patamar atual de cerca de 500 mil trabalhadores.

Essa pequena recuperação, no entanto, não faz frente à demanda gerada pela inclusão bancária de milhares de cidadãos, e os bancários sofrem com a sobrecarga de trabalho. Em 1996, cada um era responsável por cuidar, em média, de 83 contas correntes. No ano passado, eram pelo menos 326 contas  cada que, nesse período, passaram de 40 milhões para 162,9 milhões. Diante da alta de 307%, o número de bancários subiu parcos 3,5%.

“E isso levando em conta a Caixa Federal, que ainda contrata. Porque se forem contabilizados somente o Banco do Brasil e os privados, o déficit de bancários é enorme”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

O tema emprego está na pauta da segunda rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2013. A reunião entre o Comando dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban), nesta quinta e sexta-feira, dias 15 e 16, vai tratar também de igualdade de oportunidades.

Demissões – Desde o ano passado, os bancos se encontram num novo cenário. Os públicos, notadamente a Caixa, expandiram suas operações de crédito com a redução dos juros e passaram a ganhar em escala, com recordes de lucro. Os privados, também continuam batendo marcas, mas o caminho escolhido para ganhar mais foi o das demissões e terceirizações.

 

Entre os meses de junho de 2012 e de 2013, o Itaú eliminou 4.458 vagas. No mesmo período, o Santander cortou 3.216 postos; o Bradesco, 2.580. O BB reduziu 276 empregos e a Caixa contratou 7.423 (março de 2012/2013).

As demissões têm ainda outro caráter: muitas vezes salários mais altos são substituídos por remunerações mais baixas, e trabalhadores são mantidos em desvio de função, numa lógica perversa de economizar à custa dos empregos.

Somente nos seis primeiros meses deste ano foram extintas quase 5 mil vagas nos bancos (fora a Caixa), enquanto os quatro maiores (BB, Itaú, Bradesco e Santander) tiveram lucro somado de R$ 26 bi.

“Essa é mais uma forma de os bancos acabarem com a saúde dos bancários. Além disso, devolvem à sociedade da qual tanto lucro tiram, serviços piores, filas, atendimento precário”, critica Juvandia. “Vamos cobrar na mesa que os bancos alterem essa lógica. Chega de demissões! O Brasil e os brasileiros precisam de mais postos de trabalho e o setor financeiro deve isso à sociedade.”

Redação – 14/8/2013

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=5420

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Hoje é dia de negociação da Campanha Salarial Nacional 2013

Segunda rodada entre Comando e Fenaban discute emprego nesta quinta

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A segunda rodada de negociação da Campanha 2013 entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban acontece nesta quinta-feira (15), a partir das 10h, em São Paulo, sobre as reivindicações acerca de emprego. Os debates continuarão na manhã desta sexta (16), quando também serão discutidas as demandas de igualdade de oportunidades.

Estarão em discussão as propostas dos bancários, que incluem a proibição das demissões imotivadas, o fim da rotatividade, mais contratações, combate às terceirizações, ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho e tempo máximo de permanência nas filas, dentre outras.

“Vamos cobrar o atendimento das propostas de emprego da categoria, pois é inaceitável que o sistema financeiro, que aufere lucros astronômicos, continue demitindo e cortando postos de trabalho, com exceção da Caixa e alguns bancos públicos. A criação de empregos precisa ser encarada pelos bancos como forma de melhorar as condições de trabalho e uma contrapartida social para garantir um atendimento de qualidade para a população e contribuir para transformar crescimento econômico em desenvolvimento”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Bancos cortam empregos, apesar dos lucros bilionários

Somente nos últimos 12 meses o Itaú, o Santander, o Bradesco e o BB cortaram 10.530 empregos. Entre os meses de junho de 2012 e de 2013, o Itaú eliminou 4.458 vagas. No mesmo período, o Santander cortou 3.216 postos; o Bradesco, 2.580; e o BB, 276. No primeiro semestre deste ano, eles obtiveram lucros gigantescos de R$ 26 bilhões.

A Caixa ainda não publicou o balanço do primeiro semestre, mas entre março de 2012 e março de 2013 contratou 7.423, bem diferente dos outros quatro grandes bancos. O HSBC também não divulgou os números dos primeiros seis meses deste ano.

Além da redução de postos de trabalho, os bancos demitiram milhares de funcionários, dentro da política de rotatividade, substituindo trabalhadores com salários maiores por outros com remunerações mais baixas. As instituições ainda mantêm empregados em desvio de função, numa lógica perversa de diminuir custos para turbinar os lucros.

Terceirização precariza relações de trabalho

A terceirização é outra estratégia dos bancos para redução dos custos. Eles transferem parte de suas atividades, que eram remuneradas de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários, para outras empresas, tendo como objetivo reduzir despesas de pessoal.

Os trabalhadores terceirizados recebem um quarto do salário dos bancários, não dispõem dos mesmos direitos, trabalham em condições degradantes, cumprem metas elevadas, sofrem pressão e assédio moral e têm jornadas extenuantes. Além disso, não se sentem enquanto uma categoria profissional.

Como se não bastasse, os bancos têm ampliado os correspondentes, onde não há bancários nem vigilantes, precarizando o atendimento aos clientes e à população. O número disparou nos últimos anos, sobretudo, nas grandes cidades. Já o total de agências e postos de atendimento está quase estagnado.

E os bancos estão na linha de frente da pressão dos empresários para a aprovação do PL 4330 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) na Câmara dos Deputados, buscando terceirizar também caixas e gerentes.

“Queremos trabalho decente, a prevalência dos direitos humanos e uma nova ordem social pautada pelos princípios de justiça social e valorização do trabalho”, salienta a resolução aprovada na segunda-feira (12) pela Executiva da Contraf-CUT.

Melhores condições de trabalho

O Comando Nacional vai cobrar também uma resposta dos bancos para as reivindicações sobre saúde do trabalhador e segurança bancária que foram discutidas na primeira rodada de negociação da Campanha 2013, ocorrida nos últimos dias 8 e 9, na capital paulista.

“As propostas de melhoria das condições de trabalho são prioritárias na campanha deste ano e não será possível firmar acordo se não houver avanços e uma solução para o problema das metas abusivas”, reafirma Carlos Cordeiro. “Esperamos uma posição dos bancos”, ressalta.

Calendário de luta

Agosto
15 e 16 – Segunda rodada de negociação entre Comando e Fenaban
22 – Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários
28 – Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
30 – Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro
3 – Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara

Fonte: Contraf-CUT

Notícia colhida no sítio http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35362

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Cinco anos a espera de uma chance

Bancário com deficiência visual do HSBC se diz desmotivado e chegou a pedir que o banco o demitisse

São Paulo – Ser graduado em Marketing e reconhecido como o Melhor Consultor de Atendimento de Rede da capital em abril de 2011 e nos meses de março, abril e maio de 2012, não foi suficiente para que o HSBC desse uma chance para que um bancário com deficiência visual tivesse oportunidade de ascender profissionalmente.

 

O funcionário Reinaldo Soares da Luz trabalha há cinco anos orientando os clientes a operar as máquinas do autoatendimento em uma agência na zona norte. Por ter apenas 20% da visão, teve de superar a barreira de não conseguir visualizar as opções dos serviços oferecidos nas telas dos terminais. Assim, após muito esforço e graças à ajuda de colegas, conseguiu decorar as mais de 50 operações do sistema para auxiliar os usuários. “As pessoas só notam que tenho deficiência visual quando apresentam algum documento para eu ler. Para isso recorro a uma lupa e dou todas as informações sem problemas”, explica Reinaldo.

O trabalhador afirma que durante todo o tempo de banco reivindica uma chance para exercer outra função com remuneração maior, pois prossegue recebendo o piso de ingresso. “Sei que tenho capacidade para desempenhar qualquer outra função na agência. A única coisa que peço é oportunidade e um terminal com um programa com dispositivo de ‘lupa’ como o Windows 7. Não entendo a dificuldade para me fornecerem isso. A única razão que encontro é que o banco quer as pessoas com deficiência apenas para cumprir uma cota. Quero ter chance para mostrar minha capacidade”, afirma, acrescentando que chegou a pedir para ser demitido por não suportar mais a situação. “Sou casado há sete anos e quero dar um padrão de vida melhor para minha família. Com o que ganho é muito difícil chegar ao fim do mês.”

Por ser reconhecido como o melhor consultor de rede por três meses consecutivos no ano passado, ele recebeu do HSBC uma antecipação a título de PPR (Programa Próprio de Remuneração): R$ 5,00. Esse valor irrisório, no entanto, foi descontado em holerite no início deste ano devido ao fato de o banco descontar o programa próprio da PLR da categoria.

“É uma vergonha. Nada justifica uma atitude como essa”, afirma o dirigente sindical Luciano Ramos. “Já encaminhamos formalmente a reivindicação do bancário ao HSBC, mas até agora a única resposta do banco foi a proposta de transferi-lo para um lugar bem distante da residência e sem qualquer alteração no salário. Assim não dá.”

Campanha 2013 – De acordo com a diretora executiva do Sindicato Neiva Ribeiro, que participa dos debates sobre igualdade de oportunidade com a federação dos bancos (Fenaban), o caso de Reinaldo ilustra bem o que a situação das pessoas com deficiência dentro das instituições financeiras. “Não basta a empresa cumprir uma quota, também tem de dar oportunidade a essas pessoas. Esses funcionários têm de ter mecanismos para poder evoluir na carreira. Precisam de equipamentos adequados e as chefias também devem ser capacitadas para poder avaliá-los”, afirma.

Segundo a dirigente sindical, uma das formas de resolver a questão é que os bancos negociem com os representantes dos trabalhadores um PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários) para que todos tenham as mesmas chances a partir de critérios claros e objetivos. “Com isso, não só o PCD, mas as mulheres, os afrodescentendes, todos terão tratamento igual nos bancos”, defende.

Neiva afirma estar sendo reivindicado que a nova versão do Mapa da Diversidade traga, além das informações de gênero, raça e orientação sexual e da qualificação do cargo, a identificação de quantas pessoas com deficiência existem de fato nos bancos, em quais setores estão lotados e quais as suas necessidades em termos de equipamento e treinamento. “Com essas informações teremos condições de aprofundar mais o assunto.”

Na segunda rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) marcada para 15 e 16 de agosto serão debatidos os temas emprego e igualdade de oportunidades. Entre as reivindicações, que os bancos contratem pelo menos 20% de afrodescendentes.

Jair Rosa – 13/8/2013

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=5393

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Sindicato quer dados sobre PCD nos bancos

Entidade propõe que Mapa da Diversidade tenha questões relativas às pessoas com deficiência e averiguar se as instituições financeiras respeitam Lei das Cotas

São Paulo – Quantas pessoas com deficiência estão na categoria bancária? Onde estão lotadas? Esses são alguns questionamentos que o Sindicato reivindica que sejam esclarecidos na segunda edição do Mapa da Diversidade, espécie de censo da categoria bancária, em fase de elaboração pela federação dos bancos (Fenaban) e que deve ser aplicado no próximo ano.

“Com essas informações teremos condições de saber se os bancos respeitam a Lei das Cotas, quais são os problemas que esses funcionários enfrentam no dia a dia e, a partir de visitas aos departamentos, averiguar se o ambiente de trabalho e os equipamentos estão adequados a essas pessoas”, afirma a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, que participa das negociações sobre igualdade de oportunidades com a Fenaban.

O Mapa da Diversidade foi conquistado pela categoria em 2008 e o resultado do primeiro censo foi divulgado em 2009. O segundo começará a ser executado em 2014.

Luta pela inclusão – Conforme a Lei das Cotas (8.213/91) que completa 22 anos nesta quarta 24, as empresas com até 200 trabalhadores têm de ter 2% de seu quadro ocupado por pessoas com deficiência, até 500 o percentual é 3%, até mil 4%, e acima deste número de contratados 5%. No entanto, conforme o Censo do IBGE, de 2010, apenas 1,6% dos 45 milhões de pessoas com deficiência estão em empregos formais.

De acordo com Marta Soares, o Sindicato tem atuado em duas frentes para que o PCD tenha direito a trabalho digno. Primeiro nas negociações com os bancos e, segundo, integrando a Câmara Paulista criada pela Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTE) para a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. “Essa luta integra nosso papel de Sindicato Cidadão, o qual se preocupa com a melhoria da sociedade em todos os sentidos”, afirma.

Para marcar os 22 anos da Lei das Cotas, a Câmara Paulista realiza manifestações na terça-feira 30. Haverá solenidade no salão nobre da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e eventos culturais e educativos, a partir das 11h na Rua das Flores, próximo à estação Trianon-Masp do metrô.

Falta ascensão – “Estou no banco há quase três anos, exerço bem minhas funções, mas, até agora, não tive oportunidade de realizar outras tarefas, ser promovida”, o depoimento é de bancária com deficiência que considera que a falta de oportunidades é devido ao despreparo das empresas. “Estudo constantemente, procuro me qualificar cada vez mais, mas é necessário que o banco também faça sua parte. Caso contrário, ficaremos eternamente no mesmo lugar. Não é isso que desejamos, queremos evoluir profissionalmente.”

Para Marta o exemplo da trabalhadora reflete muito a situação do PCD. “Nesta campanha nacional vamos insistir para que os bancos tenham política voltada para esses funcionários. Eles não querem ser vistos apenas como uma necessidade da empresa para preencher cota, reivindicam ter oportunidades para ascender profissionalmente”, acrescenta.

Campanha 2013 – Na 15ª Conferência Nacional dos Bancários foram aprovadas propostas para garantir a igualdade de oportunidades nas instituições financeiras para todos os trabalhadores.

Entre as reivindicações que serão entregues à Fenaban na terça-feira 30 está também a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.

Jair Rosa – 23/7/2013

Notícia colhida no sítio http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=5171

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