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Por 20:24 Sem categoria

Brasil está preparado para enfrentar oscilações do mercado financeiro?

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Brasil está preparado para enfrentar as oscilações do mercado financeiro global, geradas pela decisão dos Estados Unidos de reduzir estímulos monetários. A avaliação foi feita hoje (31) pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em discurso no 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&F Bovespa, em Campos do Jordão, São Paulo.

Tombini disse que a economia mundial passa por um processo de transição, com a recuperação econômica dos Estados Unidos. “Diga-se de passagem, transição positiva, pois significa que a recuperação da maior economia do mundo está ganhando força e isso representará maior crescimento da economia e do comércio global à frente.”

Apesar das características positivas da transição, Tombini destacou que o processo de normalização das condições monetárias nas economias avançadas gera volatilidade (fortes oscilações), principalmente nos mercados de economias emergentes, como o Brasil. “As economias emergentes são as mais impactadas por essa volatilidade. Sempre foi assim. E não é diferente no caso da economia brasileira.”

“Os mercados se anteciparam aos fatos e, na ausência de informações claras e precisas de como se dará esse processo de retirada dos estímulos monetários, os preços dos ativos financeiros estão mais voláteis, oscilando ao sabor de cada dado sobre o ritmo de atividade da economia norte-americana”, ressaltou Tombini.

Segundo o presidente do Banco Central, a estratégia da instituição é clara: “Usaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir a volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos à estabilidade financeira.” De acordo com Tombini, essa estratégia será usada o tempo que for necessário, em  todo o período de transição “entre o mundo atual e o mundo à frente, de condições monetárias normalizadas e maior crescimento da economia e do comércio global”.

Desde o fim de maio, o sistema financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. Com menos dólares em circulação, a cotação da moeda norte-americana fica mais alta em todo o mundo.

Tombini disse que o Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade porque o sistema financeiro brasileiro está “sólido, com elevados níveis de capital, liquidez e provisões”.

Desde que a volatilidade aumentou, o país manteve fluxo positivo tanto de investimento estrangeiro direto (que vai para o setor produtivo da economia) quanto de portifólio (ações e títulos de renda fixa), “inclusive com o aumento da participação de investidores estrangeiros na dívida mobiliária pública interna”.

“É importante ressaltar que eventuais saídas [de investimento estrangeiros] pontuais são naturais, não representando mudança de tendência, nem alterando as condições de financiamento do país e o acesso de empresas brasileiras ao mercado financeiro internacional”, destacou Tombini. Ele lembrou que, nos últimos dois anos, o país continuou a ampliar o “colchão de segurança e de liquidez”. “Adicionamos quase US$ 90 bilhões às nossas reservas internacionais, que hoje ultrapassam US$ 370 bilhões.”

Ele explicou que esse “colchão” permite ao Banco Central, no atual “período de transição, marcado por níveis mais elevados de volatilidade e pelo aumento da aversão ao risco, ofertar proteção (hedge) aos agentes econômicos e, se necessário, liquidez aos diversos segmentos do mercado”.

Tombini disse que, na semana passada, o BC anunciou o programa de leilões diários de venda de dólares, pelo menos até o final do ano. “Esse programa, além de conferir previsibilidade, ofertará aos agentes econômicos proteção cambial superior a US$100 bilhões, se considerarmos o montante de proteção que já foi disponibilizado”.

Edição: Nádia Franco

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Notícia colhida no sítio http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-31/brasil-esta-preparado-para-enfrentar-oscilacoes-do-mercado-financeiro-diz-tombini

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BC segue com estratégia de intervenções diárias no mercado de câmbio

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de descartar por duas vezes propostas em leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, o BC fechou uma operação com oferta de até US$ 1 bilhão.

Nesse tipo de leilão, o BC não divulga no mesmo dia o valor, em dólares, que emprestou ao mercado. Os dados serão divulgados nos próximos dias. A taxa de corte da operação ficou em R$ 2,47 e a de venda em R$ 2,362. A data da liquidação de venda pelo BC será no próximo dia 4. A data de recompra será no dia 2 de abril de 2014.

Hoje, o BC também fez um leilão de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Nesse leilão, foram ofertados 30 mil contratos para duas datas de vencimento. Para 1º de novembro de 2013, foram negociados 7 mil contratos, totalizando US$ 349,2 milhões. Para 2 de janeiro de 2014, 23 mil contratos foram negociados, no total de US$ 1,143 bilhão.

Pela programação diária do BC, de segunda a quinta-feira serão feitos leilões de swap cambial, com oferta de cerca de US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecido até US$ 1 bilhão, por meio dos leilões de venda com compromisso de recompra. No entanto, quando anunciou essa programação, na semana passada, o BC informou que faria leilões adicionais sempre que julgasse apropriado.

Desde o fim de maio, o sistema financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. Com menos dólares em circulação, a cotação da moeda norte-americana fica mais alta em todo o mundo.

A instabilidade agravou-se na semana passada, quando foi divulgada a ata da reunião de julho do Fed. No documento, os diretores do Banco Central americano não estipularam uma data, mas confirmaram que pretendem acabar com as injeções mensais de dólares até meados do próximo ano.

Edição: Denise Griesinger

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Notícia colhida no sítio http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-30/bc-segue-com-estrategia-de-intervencoes-diarias-no-mercado-de-cambio

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