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Por 10:41 Sem categoria

A indignação da categoria bancária

“… mas tem algo mais acontecendo… comecei a entristecer! Trabalho e trabalho muito atendendo nossos clientes …”

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Trabalhadores bancários no Banco do Brasil estão decepcionados com o patrão banqueiro

 

Durante a Greve Nacional dos Bancários, o Sindicato recebe muitos relatos, denúncias e reclamações de trabalhadores indignados com a postura assumida pelos bancos.

Há 12 dias de braços cruzados, os bancários estão inconformados com o silêncio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e também com o Governo Federal, que não força a retomadas das negociações, com proposta para os bancos públicos.

Além disso, os bancários estão adoecendo por conta das metas abusivas e do assédio moral e querem que as conquistas desta campanha salarial vão muito além do reajuste salarial. Confira o relato recebido de uma bancária do Banco do Brasil:

“Meu nome é Maria, mas a história que vou contar poderia ser de outras Marias ou ainda do José. Dos meus 30 e poucos anos, metade deles vivi dentro desta grande e maravilhosa empresa que se chama Banco do Brasil. Sou muito feliz e realizada por trabalhar aqui! Comecei cedo, com 19 anos, e desde então já passava meus dias dedicada a atender nossos clientes. Sempre desejei ser uma boa funcionária e, para isso, estudei, estudei muito.

Mesmo sem saber o que o futuro guardava para mim, no Ensino Médio fiz curso técnico em Contabilidade. Sonhava em cursar Direito, mas depois que entrei no BB, mudei de ideia e cursei Administração. No momento, estou cursando uma pós-graduação em Recursos Humanos. Tudo isso sem falar nos cursos internos, presenciais e auto-instrucionais – estes já perdi conta! Tem também as certificações legais, já fiz a CPA10 e agora estou em busca da CPA20. E, para encerrar, temos o programa de certificação profissional, no qual tenho três e continuo em buscas de outras tantas.

Tenho um compromisso com o BB e também com os nossos clientes. Acredito num banco sustentável e clientes satisfeitos. O banco precisa ter resultado e, como qualquer empresa, o seu objetivo é o lucro. Para isso, temos as metas e o nosso bom e velho conhecido Sinergia. Até aqui, tudo bem, mas tem algo mais acontecendo… comecei a entristecer! Trabalho e trabalho muito atendendo nossos clientes, seja no ambiente da agência, por e-mail ou telefone. E, o mais importante, tenho ofertado produtos e realizado muitas vendas. Mas estou frustrada, não consigo alcançar os objetivos – aqueles que são traduzidos em metas. E o mais impressionante é que BB obteve um lucro excepcional. Como assim?

Mesmo nesta situação, não desisto… mas estou adoecendo! É muito complicado iniciar um dia, uma semana ou um semestre sabendo que o lugar em que precisamos chegar fica em “tão, tão distante”. As dúvidas são tantas, que chego a me perguntar o que é esse distante. Estamos em tempo de negociação coletiva, mas pelo que? Apenas um percentual de reajuste será a solução para o que realmente está acontecendo com as Marias e os Josés? A “melhor empresa para você trabalhar” não teria que ser “bom pra todos”?”
Por: Renata Ortega
SEEB Curitiba

Notícia colhida no sítio http://www.bancariosdecuritiba.org.br/noticias_detalhe.asp?id=17603&id_cat=3

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