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Confira a nota sobre Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro

NOTA PARA A IMPRENSA – 27.9.2013

Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro

 

I – Operações de crédito do sistema financeiro

As operações de crédito do sistema financeiro apresentaram, em agosto, expansão mais acentuada que no mês anterior, assinalando desempenho mais expressivo nos empréstimos com recursos direcionados, em linha com o dinamismo na demanda por financiamentos imobiliários, rurais e para investimentos com recursos do BNDES.

O saldo total de crédito, computadas as operações com recursos livres e direcionados, alcançou R$2.578 bilhões em agosto, após crescimentos de 1,3% no mês e de 16,1% em doze meses, passando a representar 55,5% do PIB, ante 55,2% em julho e 51,5% em igual período de 2012. A variação mensal refletiu as elevações respectivas de 1,5% e 1,1% nas carteiras de pessoas físicas e jurídicas, que totalizaram R$1.189 bilhões e R$1.389 bilhões, nessa ordem.

As concessões de crédito, compreendendo recursos livres e direcionados, somaram R$301 bilhões, registrando aumentos de 2,1% no mês e 10,9% nos fluxos acumulados em doze meses. A variação mensal refletiu o crescimento de 4,4% nos desembolsos destinados a empresas, que alcançaram R$149 bilhões, com destaques para crédito rural, financiamentos para investimentos com recursos do BNDES e adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC). As concessões a pessoas físicas totalizaram R$152 bilhões, volume igual ao verificado em julho, sobressaindo as expansões nos créditos rurais e imobiliários.

O crédito com recursos livres atingiu R$1.452 bilhões, correspondendo a 56,3% do total da carteira do sistema financeiro, ao avançar 0,5% no mês e 8,8% em relação a agosto de 2012. A evolução mensal resultou do acréscimo de 0,6% nas operações com pessoas físicas e de 0,5% no saldo com pessoas jurídicas, destacando-se os crescimentos do crédito pessoal consignado, no primeiro segmento, e dos empréstimos de capital de giro com prazo superior a 365 dias, no segmento empresarial. Ressalte-se que a evolução das carteiras de repasse externo, financiamentos a exportações e importações foi influenciada pela depreciação cambial de 3,6% no mês.

O crédito com recursos direcionados alcançou saldo de R$1.126 bilhões em agosto, registrando elevações de 2,3% no mês e de 27,2% em doze meses. Os financiamentos destinados às famílias cresceram 2,9% no mês, atingindo R$462 bilhões, com destaque para os créditos imobiliários e rurais. As operações destinadas às empresas avançaram 1,9% no mês, somando R$665 bilhões, impulsionadas pelo desempenho dos financiamentos do BNDES para investimentos. Os desembolsos do BNDES ao setor produtivo somaram R$13,2 bilhões em agosto e R$105,2 bilhões no acumulado do ano, alcançando volume 48% superior ao verificado em igual período do ano anterior.

O crédito ao setor privado totalizou R$2.437 bilhões em agosto, após acréscimo de 1,2% no mês. Os financiamentos imobiliários, incluindo operações com pessoas físicas e pessoas jurídicas, com taxas livres e reguladas, cresceram 2,9%, somando R$365 bilhões e passando a representar 7,8% do PIB, comparativamente a 6,3% em agosto de 2012. O crédito rural cresceu 2,6% no mês, alcançando saldo de R$193 bilhões. As carteiras destinadas à indústria e ao comércio registraram expansões respectivas de 0,9% e 1,1%, totalizando, na ordem, R$487 bilhões e R$231 bilhões. Os créditos ao setor público somaram R$141 bilhões, após avanço de 2,6% no mês, resultante das elevações respectivas de 1,4% e 4% nos saldos relativos ao governo federal e aos estados e municípios.


I.1 – Taxas de juros e inadimplência

A taxa média de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as operações com recursos livres e direcionados, alcançou 19,3% em agosto, após expansão de 0,2 p.p. no mês e recuo de 0,3 p.p. em doze meses. A taxa média do crédito livre atingiu 28%, ao refletir elevações de 0,5 p.p. e 1,3 p.p. nas mesmas bases de comparação, enquanto, no crédito direcionado, a taxa média situou-se em 7,2%, assinalando estabilidade no mês e recuo de 0,8 p.p. nos últimos doze meses.

Nos empréstimos às famílias, a taxa média de juros alcançou 25,2% em agosto, registrando alta de 0,1 p.p. no mês e queda de 0,5 p.p. em doze meses. No segmento livre, a taxa média de juros situou-se em 36,5%, após alta mensal de 0,3 p.p., ao passo que nas operações com recursos direcionados, o custo médio subiu 0,1 p.p. no mês situando-se em 6,9%.

Na carteira referente a pessoas jurídicas, a taxa média de juros atingiu 14,7%, após variações de 0,3 p.p. no mês e -0,2 p.p. em doze meses. Nas operações com recursos livres, o custo médio cresceu 0,6 p.p. no mês, para 20,6%, refletindo, principalmente, as altas respectivas de 3,2 p.p e 0,9 p.p. nas modalidades cheque especial e capital de giro. Nas carteiras com recursos direcionados, a taxa média manteve-se em 7,4%, assinalando redução de 1,1 p.p. na comparação com agosto de 2012.

O spread bancário referente às operações de crédito do sistema financeiro, consideradas as operações com recursos livres e direcionados, situou-se em 11,3%, recuando 0,1 p.p. no mês e 1,4 p.p. em doze meses. Os spreads relativos aos créditos livres e direcionados corresponderam a 17,7 p.p. e 2,4 p.p., respectivamente.

A inadimplência do sistema financeiro, que corresponde a operações com atrasos superiores a noventa dias, manteve-se estável em 3,3%, menor nível da série histórica iniciada em março de 2011. No segmento de pessoas jurídicas, o indicador manteve-se em 2%, a partir da redução de 0,1 p.p. no crédito livre e da estabilidade nas operações com recursos direcionados. Nos créditos a pessoas físicas, a taxa de inadimplência recuou 0,2 p.p. no mês, para 4,8%, o menor patamar da série histórica iniciada em março de 2011, resultante da queda de 0,1 p.p. no segmento livre e da estabilidade no indicador referente ao crédito direcionado. A variação mensal no segmento de pessoas físicas evidenciou as reduções de 0,3 p.p. e 0,1 p.p. nas modalidades cartão de crédito e aquisição de veículos, respectivamente.

II – Evolução dos agregados monetários

A base monetária alcançou saldo médio diário de R$213 bilhões em agosto, após acréscimos de 0,7% no mês e de 8,1% em doze meses. A variação mensal do agregado refletiu aumentos de 0,7% no papel-moeda emitido e 0,5% nas reservas bancárias.

Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da emissão monetária, foram contracionistas em R$11,8 bilhões as operações do Tesouro Nacional e em R$8,4 bilhões as vendas líquidas de divisas no mercado interbancário. Em sentido inverso, as operações com títulos públicos federais, que incluem a atuação do Banco Central no ajuste da liquidez do mercado monetário, foram expansionistas em R$19,8 bilhões. O impacto referente aos títulos públicos refletiu compras líquidas de R$34,1 bilhões no mercado secundário e colocações líquidas de R$14,3 bilhões, no mercado primário.

A média dos saldos diários dos meios de pagamento restritos (M1) atingiu R$297,7 bilhões em agosto, com redução de 1,1% no mês, resultante de elevação de 1% no papel-moeda em poder do público e declínio de 2,8% nos depósitos à vista. O incremento acumulado do M1 em doze meses situou-se em 11,9%.

O saldo dos meios de pagamento no conceito M2, que corresponde ao M1 mais depósitos de poupança e títulos privados, cresceu 0,6% em agosto, totalizando R$1,8 trilhão. Esse resultado refletiu, sobretudo, o avanço de 1,1% no saldo dos depósitos de poupança, que atingiu R$557,5 bilhões, após registrar captações líquidas de R$4,6 bilhões no mês. O saldo dos títulos privados aumentou 0,1%, alcançando R$977,7 bilhões, com resgates líquidos de R$11,6 bilhões em depósitos a prazo.

O conceito M3, que compreende o M2, as quotas de fundos de renda fixa e os títulos públicos que lastreiam as operações compromissadas entre o público e o setor financeiro, expandiu-se 0,3% no mês, totalizando R$3,7 trilhões, refletindo o crescimento de 0,3% no saldo das quotas de fundos de renda fixa, que somaram R$1,7 trilhão. O M4, conceito que compreende o M3 e os títulos públicos de detentores não financeiros, apresentou contração de 0,1% no mês e expansão de 8,3% nos últimos doze meses, atingindo R$4,3 trilhões.

Estatísticas complementares às divulgadas nas Notas para Imprensa estão disponíveis no sistema de séries temporais do Banco Central do Brasil, no endereço http://www.bcb.gov.br/?sgs.

Notícia colhida no sítio http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOM

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