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Sindicato de Londrina paralisa duas agências do Santander hoje em protesto contra demissões

Sindicato de Londrina paralisa duas agências hoje em protesto contra demissões

A agência do Santander na Avenida Bandeirantes é uma das paralisadas no protesto de hoje
Terça-Feira, 29 de Outubro de 2013


Faixa em frente à agência do banco espanhol na Avenida Higienópolis
cobra respeito aos trabalhadores brasileiros

O Sindicato de Londrina está paralisando hoje (29/10) as atividades das agências do Santander localizadas nas Avenidas Bandeirantes e Higienópolis, em protesto contra demissões de funcionários. Na última sexta-feira (25/10), o Sindicato já havia realizado a Operação “Demitiu, Parou” na agência de Cambé.

“Mal terminou a Campanha Salarial e o Santander já implementa um processo de demissões entre seus funcionários. O Sindicato não irá tolerar esta prática abusiva do banco espanhol contra seus trabalhadores”, declara Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina.

Para ele, a falta de funcionários no Santander é visível. “Os funcionários sequer conseguem almoçar. Não bastasse tudo isso, ainda vivem com a ameaça de demissão se não cumprirem as metas. O desrespeito em relação à gestão de pessoas neste banco é alarmante”, complementa Wanderley.

Demissões

O Santander extinguiu 3.414 empregos nos primeiros nove meses de 2013. Apenas no terceiro trimestre, o banco fechou 1.124 postos de trabalho. Já nos últimos 12 meses, o corte alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que caiu para 50.578.

“O mesmo com menos”

A Contraf-CUT repudiou o anúncio feito recentemente pelo Santander de cortar custos por causa do aumento dos salários dos funcionários. Com o lucro de R$ 4,3 bilhões nos primeiros nove meses de 2013, o banco espanhol não tem qualquer justificativa para reduzir despesas em razão das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários. Em uma teleconferência ocorrida no dia 24/10 para anunciar os resultados do terceiro trimestre, o presidente global do Santander, Javier Marín, disse que uma das prioridades para os próximos trimestres é “melhorar a eficiência dos custos”, conforme reportagem publicada na edição do jornal O Estado de S.Paulo do dia 25/10.

Marín citou o recente aumento de salários dos bancários como um dos exemplos para a necessidade de cortar custos. “O acordo coletivo deu um aumento de 8% no Brasil”, disse. “Por isso, é tão importante colocar em prática todas as medidas para que o Brasil tenha um custo de negócio similar a outros países em que operamos”, afirmou. O programa do Santander prevê uma redução de custos de 1 bilhão de euros até 2016 em todo mundo. O banco obteve lucro mundial de 3,3 bilhões de euros (R$ 9,9 bilhões) até setembro deste ano. Mesmo tendo contribuído com 24% do lucro global, o maior resultado entre todos os países onde atua, o Brasil vai responder por 40% dos cortes, a maior parte desse valor. Isso significa que o Santander quer reduzir as despesas da filial brasileira em R$ 1,2 bi até 2016.

A Espanha deve ser a segunda maior afetada, com corte de cerca de 30%. O restante será distribuído entre as demais filiais do Santander no mundo. “Para reestruturar o banco, vamos ter alguns custos. Daremos essa cifra no futuro e já estamos trabalhando em um plano. Informaremos futuramente os detalhes desse plano”, disse Marín. A intenção do banco é cortar e “fazer o mesmo com menos”.

Fonte: Matéria colhida no sítio http://www.vidabancaria.com.br/Noticia.aspx?id=721

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