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Programa Pró-Equidade nos Bancos Públicos premia com selo de igualdade

Crédito: Pepe – Contraf-CUT

Pepe - Contraf-CUTA pesquisadora Gláucia Fraccaro apresentou na terça-feira (26), durante o 3º Encontro Nacional das Mulheres Bancárias, promovido pela Contraf-CUT e realizado em Cajamar (SP), uma avaliação do Programa Pró-Equidade nos Bancos Públicos, criado em 2005 pelo governo federal.

Gláucia explicou as transformações do programa, desde sua criação, até os dias atuais. No início, o objetivo era debater a igualdade dentro das estatais. Começou com cerca de 11 empresas públicas e atualmente envolve mais de 90 organizações públicas e privadas.

“Com o passar dos anos, o programa foi ganhando novos parceiros e discussões. Consiste atualmente na distribuição de um selo para as empresas que conseguem formular e aplicar políticas de igualdade em suas empresas”, explica Gláucia.

O selo de distinção de igualdade é uma exigência do mercado e agrega valor à marca ou faz referência à qualidade do produto ou serviço, por não ter, por exemplo, agrotóxicos.

Segundo a pesquisadora, é a própria empresa que propõe a adesão e preenche a ficha perfil. “Trata-se dos dados do corpo de trabalhadores, que posteriormente é entregue com o plano de ação para enfrentar a desigualdade. A execução do plano é de 12 meses e, se aprovado, a empresa recebe o selo”, explica Gláucia.

Para ela, ainda não foi possível identificar uma mudança significativa de mercado nos últimos dez anos. O que melhorou, porém muito pouco, foi a participação das mulheres nas empresas, que cresceu de 19,5% para 22%.

“Podemos identificar que as mulheres participantes do programa conseguiram atingir cargos de direção, porém há muitas empresas públicas que este tipo de mudança ainda é praticamente nula”, observa Gláucia.

O desafio é envolver fortemente a igualdade dentro das ações de diversidade e responsabilidade social, incorporar as metas do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça em planejamento estratégico e incluir acordos coletivos e metas do programa nas discussões sobre mudanças das relações de trabalho.

O objetivo para a 5ª edição do programa é a inclusão de mais mulheres nos postos de trabalho, mais mulheres em cargos de direção, mais mulheres negras em todos os níveis e menor diferença de salários entre mulheres e homens.

“Em termos de ação, observamos que os bancos públicos propuseram inicialmente algo interessante como a licença maternidade e paternidade e a questão de inclusão da população negra. Porém, o que percebemos é uma dificuldade muito grande na inserção do tema da igualdade nos discursos das empresas”, salienta Gláucia.

“Muitas vezes o tema da igualdade se encontra dissolvido no tema da diversidade e da responsabilidade social. É muito difícil para inserir. O programa ainda precisa ser reforçado do ponto de vista de propaganda externa para atingir seus objetivos”, conclui a pesquisadora.

Fonte: Contraf-CUT

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