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O mundo está de luto pela morte de um grande líder

CUT lamenta morte de um dos maiores ícones da luta por igualdade

Preso por 27 anos por lutar por democracia e liberdade, igualdade de direitos e pelo fim do regime de segregação racial na África do Sul – o Apartheid – que vigorou no país de 1948 a 1993, Mandela sempre resistiu e não trazia consigo qualquer ódio ou rancor, apenas o ideal de uma sociedade livre e democrática, onde todas as pessoas pudessem viver juntas, em harmonia, com oportunidades iguais.

Sua dedicação de uma vida inteira à luta é exemplo e símbolo para o mundo. Seu legado estará sempre vivo, revigorando dia a dia nossa luta incansável por justiça, por um mundo melhor, onde as pessoas possam viver com dignidade por serem iguais.

A resistência e luta de Nelson Mandela levou o povo negro a resgatar sua dignidade e a não baixar a cabeça para a opressão. Da mesma forma que a eleição de um operário presidente resgatou a relação do Brasil com sua gente, a ascensão de Mandela ao poder, em 1994, representou a reaproximação de uma África do Sul livre com seu povo.

Ainda existem opressores e oprimidos, discriminação racial e intolerâncias sociais em todo o mundo. Mas o legado de Mandela nos da força para continuarmos a luta contra as desigualdades, em defesa de uma sociedade justa, com liberdade e democracia.

Nelson Madiba Mandela, com sua resistência e determinação em defesa de um mundo melhor, sintetiza os valores mais preciosos que um ser humano é capaz de ter.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)

Mandela: presente!

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

Fonte: CUT Nacional

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Morre aos 95 anos Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul

Ele liderou a luta pelo fim do regime de segregação racial, o apartheid

O líder sul-africano Nelson Mandela, 95, morreu nesta quinta-feira (5) em sua residência, em Johannesburgo, para onde havia sido levado no dia 1º de setembro após passar quase três meses internado para tratamento de uma infecção pulmonar.

“Esta nação perdeu um grande filho”, disse o atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em comunicado pela televisão.

A presidenta Dilma Rousseff afirmou que os brasileiros receberam consternados a notícia da morte do líder sul-africano. “Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea – o fim do apartheid na África do Sul”, destacou.

Transmitindo aos parentes de Mandela e a todos os sul-africanos sentimento de “profundo pesar”, a presidenta disse que o governo e os brasileiros “se inclinam diante da memória de Nelson Mandela”. Para Dilma, “o exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo”.

Herói africano

Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra a violência racial na África do Sul, Nelson Mandela – ou Madiba, como é chamado na sua terra natal – passou 27 anos preso e se tornou o primeiro presidente negro daquele país.

O ex-presidente vivia em Johannesburgo com a mulher Graça Machel, viúva de Samora Machel (1933-1986), ex-presidente moçambicano.

Mandela foi o maior símbolo de combate ao regime de segregação racial conhecido como apartheid, que foi oficializado em 1948 na África do Sul e negava aos negros (maioria da população), mestiços e asiáticos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos.

A luta contra a discriminação no país o levou a ficar 27 anos preso, acusado de traição, sabotagem e conspiração contra o governo em 1963. Condenado à prisão perpétua, Mandela foi libertado em 11 de fevereiro de 1990, aos 72 anos. Durante sua saída, o líder foi ovacionado por uma multidão que o aguardava do lado de fora do presídio.

Em 1993, Nelson Mandela recebeu o prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o regime do apartheid. Na ocasião, ele dividiu o prêmio com Frederik de Klerk, ex-presidente da África do Sul que iniciou o término do regime segregacionista e o libertou da prisão.

Um ano depois, em 1994, Mandela foi eleito presidente da África do Sul, após a convocação das primeiras eleições democráticas multirraciais no país. Sua vitória pôs fim a três séculos e meio de dominação da minoria branca na nação africana.

Ao tomar posse, o líder negro adotou um tom de reconciliação e superação das diferenças. Um exemplo disso foi a realização da Copa Mundial de Rúgbi, em 1995, no país. O esporte era uma herança do período colonial e, por isso, boicotado pelos negros, por representar o governo dos brancos.

Nos dois anos seguintes, a Constituição definitiva e o processo de transição foram concluídos. Entre os anos de 1996 e 1998, o arcebispo Desmond Tutu liderou a Comissão de Verdade e Reconciliação para apurar crimes cometidos durante o apartheid, e foram abertos processos judiciais para pagamentos de indenizações às vítimas do regime.

Mandela deixou a presidência em 1999 e passou a se dedicar a campanhas para diminuir os casos de Aids na África do Sul, emprestando seu prestígio para arrecadar fundos para o combate à doença.

Em 2004, aos 85 anos, ele anunciou que se retiraria da vida pública para passar mais tempo com a família e os amigos. Já aos 92 anos, o líder sul-africano dificilmente participava de qualquer tipo de evento, devido à saúde frágil.

Durante a Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul, Mandela compareceu apenas ao encerramento da Copa, devido à morte de sua bisneta Zenani Mandela, em um acidente de carro logo depois da festa de abertura.

Solidariedade

A Contraf-CUT manifesta sentimentos de dor e solidariedade aos companheiros da COSATU, entidade sindical que representa os bancários da África do Sul e importante parceira da CUT, bem como a todos os trabalhadores e ao povo sul-africano.

“Perdemos um grande estadista, que pode ser comparado a Ghandi e Martin Luther King. A luta de Mandela será um exemplo permanente para o mundo”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia.

Fonte: Contraf-CUT com UOL e Agência Brasil

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