Com a renovação do Acordo Coletivo sobre o sistema alternativo eletrônico de controle de jornada de trabalho, realizada no último dia 11, o movimento sindical ratificou a importância do ponto eletrônico para os funcionários do Bradesco. Porém, constatou-se que, nos 3 anos em que o acordo está vigendo, com a anuência dos representantes dos trabalhadores, o banco vem promovendo demissões de bancários por justa causa, alegando que estes “burlaram” o sistema de registro de jornada de trabalho.
Bradesco: Contraf-CUT renova acordo sobre Ponto Eletrônico
Existem casos em que os gerentes gerais e administrativos da mesma unidade foram sumariamente demitidos, após relatório de inspetoria, por orientarem outros funcionários a registrarem o ponto de forma adversa à regra. Naturalmente, os funcionários também foram desligados, alguns inclusive por justa causa. “Nos deparamos, assim, com uma motivação de demissão que deixa o movimento sindical sem ação, uma vez que a atitude do funcionário vai contra um acordo estabelecido entre sindicatos e o banco”, expõe Karla Huning, dirigente sindical do Coletivo Estadual do Bradesco.
Atenção, bancário! – As entidades representativas dos trabalhadores sempre lutaram pela implementação de um método de controle de jornada que evitasse que as empresas abusassem de seus funcionários. Ao burlar o ponto eletrônico ou orientar que se o faça, o gestor está na contramão do que está acordado. Não importa se o motivo é para “ajudar” funcionários, ou diminuir valores de horas extras na agência, os envolvidos estão criando a motivação para seu desligamento, ficando obviamente muito conveniente para o banco efetuar a demissão.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região orienta a todos, mas especialmente aos gestores, que, em hipótese alguma, façam ou orientem a se fazer o registro de ponto diferente do que rege a normativa, que é naturalmente de conhecimento de todos os funcionários. “Não existe dúvidas de que o acordo de ponto eletrônico é um marco benéfico para todos os bancários, e deve ser cumprido por todos em sua execução, caindo a responsabilidade de controle sobre os gestores, sob pena de perda do emprego, inclusive com justa causa”, completa Karla.
Portanto, se algo desse tipo estiver acontecendo em sua agência, denuncie ao Sindicato para que sejam tomadas as medidas necessárias.
*Com informações do SEEB Londrina.
Por: Renata Ortega
SEEB Curitiba