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O que está em jogo na eleição é avanço ou retrocesso social

‘Quem quiser ganhar de nós vai ter de trabalhar muito’, diz ex-presidente em evento da CUT. Sem citar nomes, ele afirma que outros candidatos foram feitos para governar ‘para o andar de cima’
por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 29/07/2014 09:31, última modificação 29/07/2014 09:33

 

Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Lula

Lula: ‘Trabalhadores não podem se contentar com o que têm. Desejos e necessidades aumentam’

São Paulo – O discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 14ª plenária da CUT, ontem (28) à noite, procurou demarcar projetos e interesses em disputa na eleição deste ano. Ao público de centenas de sindicalistas, ressaltou a questão social. “O que está em jogo nas próximas eleições é se a gente quer subir mais um degrau nas nossas conquistas ou se retrocede um degrau”, afirmou. Ele pediu confiança e empenho na campanha. “Nós vamos ter de levantar a cabeça, estufar o peito, sem arrogância, e dizer que quem quiser ganhar de nós vai ter de trabalhar muito mais”, disse Lula no final do pronunciamento de 47 minutos, encerrado depois das 22h. Nesse tempo, o ex-presidente brincou, lançou desafios, disse não temer o debate sobre corrupção, defendeu a presidenta Dilma Rousseff e chorou ao lembrar um encontro com uma catadora de papel, em Belo Horizonte, no final de seu governo, em 2010.

Segundo lembrou Lula, a trabalhadora disse na ocasião que a principal conquista foi ter “o direito de andar de cabeça erguida”. Ele citou o episódio para fazer outra comparação com adversários eleitorais, sem citar nomes, mas considerando pouco provável vê-los reunidos com catadores de papel, hansenianos, representantes LGTB, trabalhadores rurais e sem-teto. “Eles foram feitos para governar para o andar de cima. Não queremos tirar nada deles, mas queremos o mesmo tratamento. E queremos chegar da melhor forma possível, com o nosso trabalho.”

Ao lembrar aos delegados da plenária cutista que não há compromisso mais importante até 5 de outubro do que as eleições, o ex-presidente fez questão de abordar o tema da corrupção. “Vocês vão ser provocados nas ruas”, alertou aos militantes. “Estamos preparando material para enfrentar esse debate. Duvido que os últimos dez presidentes fizeram 50% do que eu fiz para combater a corrupção”, disse Lula.”

“Esse é um debate que não temos medo. A única denúncia que a direita tem contra a esquerda é a corrupção, e não precisam nem provar.” O ex-presidente acrescentou, no entanto, que “se entre nós tiver alguém que errou, que pague”.

Ele ressaltou conquistas obtidas pelos trabalhadores durante seu governo e o de Dilma, e disse considerar normal que eles queiram mais. “Os trabalhadores não podem se contentar com o que têm. Os desejos e as necessidades aumentam. (…) Não foi possível fazer tudo, mas vamos avaliar o que a gente era e o que gente virou.”

Lula afirmou estar cumprindo uma “agenda sindical intensa” nos últimos dias. Já foi ao congresso estadual dos químicos ligados à Força Sindical em São Paulo e à posse da diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, irá à plenária de sindicalistas de várias centrais em apoio a Dilma, no próximo dia 7, e anunciou viagens para alguns estados. A presidenta também deverá participar da plenária da CUT, na próxima quinta-feira, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.

Lula, que está lendo um dos livros sobre Getúlio Vargas escrito pelo jornalista Lira Neto, falou dos ataques sofridos pelo ex-presidente para lembrar de ofensas recebidas por Dilma. “Eles não admitem o compromisso ideológico da Dilma. Eles sabem que ela tem lado.”

Notícia colhida no sítio http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/07/para-lula-o-que-esta-em-jogo-na-eleicao-e-avanco-ou-retrocesso-social-1269.html

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Lula e Vagner destacam eleições e plebiscito da reforma política como prioridades para este ano

29/07/2014

“Somos os soldados vencedores das causas quase impossíveis”, diz ex- presidente

Escrito por: Isaías Dalle

“Somos os soldados vencedores das causas quase impossíveis”, disse Lula na noite de ontem, durante o ato político de abertura oficial da 14a Plenária Nacional da CUT, em Guarulhos (SP).

O ex-presidente estava convocando os mais de 600 presentes a se empenhar em dois temas apontados por ele como prioridade para 2014. As eleições e o plebiscito popular pela reforma política.

“O que está em jogo nas próximas eleições é decidir se vamos subir mais um degrau ou descer outros”, alertou. Ao lembrar da necessidade de os governantes estarem próximos ao povo, Lula desafiou: “Tem candidato que não nasceu pra isso, eles só governam para o andar de cima”.

“Acredito que não há compromisso maior para nós, até o dia 5 de outubro, que as eleições”, disse. Lula propôs à direção da CUT a realização de plenárias sindicais em todos os estados do Brasil, para que ele possa participar.

Lula disse também que o debate em torno das eleições tem de ser feito de cabeça erguida. “Vamos lembrar do que nós éramos e o que a gente se tornou”. O ex-presidente abordou o tema da corrupção. “Quero tocar nesse assunto porque sei que alguns ficam constrangidos. Nós vamos enfrentar esse tema, sem medo. Estamos preparando material para fazer esse debate”. Segundo ele, a principal diferença, neste quesito, entre governos anteriores é a disposição de combater desvios. “Nós tiramos o tapete da sala. Antes se jogava tudo para baixo desse tapete, agora não”.

Ao falar da campanha do plebiscito Lula lembrou que será uma oportunidade para atualizar a agenda política brasileira. “Imaginem quantos não sabem, não conhecem essa luta de vocês. Temos que mostrar a história, especialmente aos jovens. Não foi fácil fazer uma coisa plural como a CUT, onde a porta sempre esteve aberta. Mas se não tivéssemos feito, não estaríamos aqui, na central mais importante da América Latina e quem sabe, do mundo”, disse Lula.

Vagner Freitas, presidente da CUT, falou antes de Lula. Foi mais incisivo que o ex-presidente da República ao falar de eleições. Lembrou que melhora ou mesmo a implantação recente de políticas públicas nasceu da experiência e da formulação de propostas da CUT e dos movimentos sociais. Citou como exemplo a política de valorização do salário mínimo, “a maior conquista do governo Lula, construída junto com o movimento sindical, por intermédio de mobilização, de marchas a Brasília. Pois há economistas ligados a certos candidatos que dizem que o salário mínimo está alto demais, que isso atrapalha o País”, disse.

E alertou: “Precisamos ficar alertas. Não podemos permitir retrocessos nessas eleições”. “Aqui neste plenário estão aqueles que podem continuar mudando o Brasil”, completou.

Vagner destacou a necessidade de todos os sindicatos, dirigentes e militantes contribuírem para a divulgação do plebiscito popular pela reforma política e ajudarem na coleta de votos durante a Semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro. “O conjunto do Congresso não representa o povo. Parte importante dos deputados e senadores está hegemonizada pelo poder econômico. Se isso não mudar, vamos continuar sempre tendo de correr até Brasília para brigar com eles e impedir que eles aprovem medidas contrárias aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse, citando o projeto que libera as terceirizações como exemplo.

O prefeito de Guarulhos e ex-dirigente da CUT, Sebastião Almeida, afirmou que o ano de 2014 é “mais um momento histórico” para o Brasil e que “é impossível pensar e entender esse País sem contar a história da CUT”. A 14a Plenária está sendo realizada no Centro Municipal Educação Adamastor, centro de Guarulhos.

Também ex-dirigente da CUT e hoje assessor especial da Secretaria Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo afirmou que a filosofia dos três últimos governos é o diálogo, a negociação e a participação social. “E há aqueles que se opõe abertamente à participação popular. Mas são sempre os mesmos. Porém, aqui neste espaço estão aqueles que sabem da importância dessa conquista”, afirmou, em referência a decreto que cria o Sistema Nacional de Participação Social.

Vitor Baez, da CSA, destacou a inserção brasileira na agenda internacional  e tratou o País como “gigante diplomático”. João Felício, recém-eleito presidente da CSI, fez um apelo em defesa do povo palestino. “Provavelmente o povo que mais tem sofrido perseguição política, agressões e preconceito. A CUT, que nasceu e vive das lutas populares, está sempre ao lado daqueles que combatem as tiranias”.

Vice-presidente da CUT, Carmen Foro comemorou a participação das mulheres nessa 14a Plenária, em que são 43% da delegação. “Estamos nos aproximando da paridade”, comentou.

Sérgio Nobre, secretário –geral, destacou o papel dos trabalhadores e trabalhadoras da CUT na organização da Plenária. “É um grupo porreta, de qualidade”, disse.

Do outro lado, um vilão não foi esquecido. O banco Santander, que recentemente distribuiu mensagem alertando para riscos na economia brasileira e interferiu de maneira intrusa no processo eleitoral. “Se é ruim pro Santander, é bom para o Brasil”, afirmou Vagner Freitas. Para Lula, quem redigiu aquela mensagem “não entende p…. nenhuma de Brasil”.

Notícia colhida no sítio http://www.cut.org.br/destaques/24546/lula-e-vagner-destacam-eleicoes-e-plebiscito-da-reforma-politica-como-prioridades-para-este-ano

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