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Secretaria de Combate ao Racismo da Contraf-CUT publica jornal

Desigualdades de gênero e raça que afetam o ambiente de trabalho nos bancos são os destaques.

A Secretaria de Combate ao Racismo da Contraf-CUT publicou, nesta quarta-feira (18), oJornal da Consciência Negra, com o objetivo de ressaltar a luta histórica da resistência do povo negro em nosso País. Um dos destaques da publicação é a 1ª Marcha das Mulheres Negras, que foi realizada em Brasília. Com o tema ‘Racismo e a Violência e pelo Bem Viver’, 50 mil mulheres, segundo os organizadores, marcharam por igualdade de oportunidades e direitos, fim do racismo e da violência contra as mulheres.

“A marcha também protestou pelo fim do genocídio da juventude negra, o fim das revistas vexatórias em presídios e as agressões contra as mulheres negras. No Brasil, a juventude negra permanece sendo assassinada, principalmente nas periferias. Dados divulgados no relatório Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência Racial 2014 mostram que a população negra entre 12 e 29 anos é a principal vítima de violência”, afirmou a secretária da Mulher, Elaine Cutis.

Desigualdades de gênero e raça afetam remuneração e ascensão profissional
Em tempos modernos ainda nos deparamos com uma cruel realidade, que é a desigualdade entre negros e brancos no ambiente de trabalho no setor financeiro. Dados apontam grandes diferenças neste mercado de trabalho. Os últimos números, divulgados no II Censo da Diversidade, confirmam discriminações e preconceitos nos bancos. Os dados, colhidos em 2014, demonstraram que, somente 24,7% dos trabalhadores nos bancos brasileiros são negros. Deste percentual, apenas 3,4% se declararam pretos. A maioria se identificou como parda.

Segundo o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar é inaceitável que os negros estejam nos empregos mais precarizados e em condições salariais inferior aos trabalhadores brancos. “Temos que ampliar essa discussão. Pois o Mapa da Diversidade mostra claramente, que no setor bancário, a média salarial do bancário negro é bem inferior em relação ao funcionário branco. É uma luta de conscientização que precisamos fazer para que os bancos acabem com essa política de discriminação”, ressalta Almir.

Contraf-CUT incentiva sindicatos a criarem Coletivos de Combate ao Racismo
A criação de Coletivos de Combate ao Racismo nos sindicatos e federações da categoria bancária é uma das bandeiras de luta da Contraf-CUT, que tem como finalidade ampliar o debate na busca pelo fim do preconceito no ambiente de trabalho em tempos onde o racismo ainda perpetua no cotidiano da sociedade brasileira.

“A criação da Secretaria de Combate ao Racismo nasceu da nossa vontade da Contraf-CUT de ver o mundo sem discriminação e desigualdades. A nossa ação começou pelo estímulo da criação de coletivos nas Federação e pela efetiva atuação de cada Sindicato no combate à discriminação nas agências de sua base”, destacou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

Contraf-CUT

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