Esse é o saldo apresentado pelos cinco maiores bancos que atuam no país, nos primeiros nove meses de 2015; salário dos admitidos é 49% menor que o dos demitidos
A pesquisa mostra também que as mulheres, mesmo representando metade da categoria e tendo maior escolaridade, continuam discriminadas pelos bancos. A média dos salários dos homens admitidos pelos bancos foi de R$ 3.855,43 entre janeiro e outubro. Já a remuneração das mulheres ficou em R$ 3.121,93, valor 19% inferior à de contratação dos homens.
Fórmula que adoece – Ou seja, os lucros astronômicos são obtidos por meio de uma fórmula perversa: demissões, sobrecarga de trabalho, aumento das metas, pressão pelo seu cumprimento que levam ao assédio moral. Tudo isso resulta em um grande número de adoecimentos na categoria.
Segundo o INSS, entre 2009 e 2013, o número de bancários afastados por doença cresceu 40,4%. Os benefícios acidentários por transtornos mentais e comportamentais concedidos a bancários no período subiu 70,5% (de 2.957 para 5.042).
Em 2013, mais de 18 mil bancários (18.671) foram afastados. Desse total, 27% por transtornos mentais e comportamentais (como estresse, depressão, síndrome do pânico) e 24,6% por LER/Dort.
Somente entre janeiro e março de 2014, 4.423 bancários precisaram se licenciar, sendo 25,3% em função de lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares e 26,1% por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico.
“Com todo esse lucro não pode ter discriminação, não pode ter assédio moral, não pode ter adoecimento”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Com todo esse lucro os bancos deveriam cumprir seu papel social, principalmente com seus trabalhadores, começando pela manutenção dos empregos até a melhoria das condições de trabalho”, acrescenta a dirigente.
Rodolfo Wrolli – 25/11/2015
– See more at: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=13370#sthash.zwhakODL.dpuf
Adaptada pela FETEC-CUT-PR