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Uso do cheque está perdendo espaço para meios eletrônicos, aponta Relatório de Vigilância do SPB

Uso do cheque está perdendo espaço para meios eletrônicos, aponta Relatório de Vigilância do SPB

Em relação ao uso de cheques, de acordo com o documento, houve redução mais acentuada em 2015 do que em anos anteriores. A quantidade de cheques utilizados no último ano caiu 12%, em comparação com 2014. Já o valor transacionado em cheques teve redução de 9%. O número de operações de saque de numerário se manteve praticamente estável. O valor sacado, no entanto, caiu 4,5% em relação a 2014. Os números sinalizam a continuidade do processo de substituição dos instrumentos de pagamento em papel pelos pagamentos eletrônicos.

Em 2015, no Brasil, foram gastos R$ 678 bilhões em transações no cartão de crédito e R$ 390 bilhões no cartão de débito, o que representou um aumento de 9% e de 12%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Os dados fazem parte da terceira edição do Relatório de Vigilância do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), referente ao ano de 2015, divulgado na semana passada pelo BC. De acordo com o documento, que é produzido anualmente, continuam crescendo no país os pagamentos efetuados com cartões de crédito e de débito, mas em ritmo menor do que o registrado anteriormente. Em 2014, por exemplo, o aumento havia sido de 11% para o cartão de crédito e de 19% para o cartão de débito.

Segundo o relatório, foram realizadas 5,7 bilhões de transações com cartões de crédito e 6,5 bilhões de transações com cartões de débito emitidos no país, crescimento de cerca de 3% e de 15% em relação a 2014, respectivamente. Considerando as variações nos últimos anos, a tendência é que a diferença em favor de uma maior quantidade de transações com cartões de débito em relação às com cartões de crédito se acentue ainda mais. A quantidade de cartões de crédito e de débito ativos manteve-se praticamente constante em relação a 2014, com destaque para uma pequena redução dos cartões da categoria “básico” e para o aumento de 26,4% dos cartões da categoria “premium”.

Em relação ao uso de cheques, de acordo com o documento, houve redução mais acentuada em 2015 do que em anos anteriores. A quantidade de cheques utilizados no último ano caiu 12%, em comparação com 2014. Já o valor transacionado em cheques teve redução de 9%. O número de operações de saque de numerário se manteve praticamente estável. O valor sacado, no entanto, caiu 4,5% em relação a 2014. Os números sinalizam a continuidade do processo de substituição dos instrumentos de pagamento em papel pelos pagamentos eletrônicos.

“O cheque, principalmente em pequenos valores, tem sido substituído pelo pagamento eletrônico. O pagamento com cartão de débito é o que está substituindo o cheque. São as formas de pagamento mais próximas. No débito, a pessoa que está recebendo o pagamento tem certeza de que vai receber o valor pago. Com o cheque ela não tem essa certeza. Certamente, é o que explica a tendência de crescimento do uso do cartão de débito e da redução do uso da moeda física. É um sinal de que estamos caminhando para a utilização de mais meios eletrônicos de pagamento”, avaliou Flávio Túlio Vilela, chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do BC.

Dispositivos móveis e ATMs
A respeito da utilização dos canais de acesso pelos clientes das instituições financeiras, cerca de 60% das transações foram realizadas nos canais não presenciais (internet, telefones móveis e centrais de atendimento). O destaque ficou para os dispositivos móveis, em que a quantidade de transações mais do que dobrou em relação a 2014, atingindo 20% da quantidade total de transações de clientes, mesmo percentual dos terminais terminais de autoatendimento (ATMs). Já o atendimento tradicional em agências, postos de atendimento e correspondentes no país continua em queda, com 22% das transações realizadas nesses canais em 2015.

A infraestrutura de atendimento dos clientes por meio de ATMs começou a apresentar os efeitos do compartilhamento de terminais via rede Banco24Horas, que vêm substituindo os terminais de propriedade específica das instituições financeiras. A consequência foi o aumento de 12,7% na quantidade média de transações por terminal de acesso aberto, enquanto uma queda de 6,8% foi observada na média de transações por terminais de acesso restrito.

“Em vez de entrar em um shopping e encontrar vários caixas eletrônicos de diversos bancos, que precisam de manutenção para cada máquina, o que existe hoje e que está sendo estimulado pelo Banco Central é a eficiência de um ATM compartilhado entre diversos bancos, o que barateia o custo para todo mundo”, reforçou Flávio Túlio. “Temos apontado esse avanço em nossos relatórios. O compartilhamento de infraestruturas é mais eficiente para o sistema bancário, o que foi percebido pelas instituições financeiras. Há expressiva redução de custos na manutenção das máquinas”, concluiu Rogério Lucca, chefe adjunto no Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do BC.

Fonte: Banco Central do Brasil

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