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Por 10:53 Sem categoria

Negociação dos financiários não avança e comando orienta greve

Nesta terça-feira (30), em São Paulo, Fenacrefi nega reivindicações da categoria

Nesta terça-feira (30), na quarta rodada de negociação dos financiários, em São Paulo, a Fenacrefi continuou o tom de respostas negativas às reivindicações da categoria. Diante de mais uma rodada sem avanços, comando orientará greve na categoria em assembleias.

Na ocasião, foram debatidas quatro cláusulas, entre elas, contratação dos trabalhadores do ramo financeiro, cumprimento da licença-paternidade, Participação dos Lucros e Resultados e parcelamento do adiantamento de férias. “A categoria precisa ser respeitada. Além das cláusulas sociais negadas, o índice proposto pela Fenacrefi foi muito abaixo das reivindicações dos trabalhadores. Sabemos que os bancos lucram e as financeiras lucram o dobro, sem falar na terceirização que está dentro de todas as instituições financeiras”, ressaltou Katlin Salles, diretora do Ramo Financeiro do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região.

Foto: Jailton Garcia.
Cláusulas negadas 
Diante da falta de funcionários contratados pelas financeiras e com o grande número de prestadores de serviços no ramo, os dirigentes sindicais destacaram a necessidade de mais contratações de trabalhadores no ramo financeiro. A Fenacrefi se negou a fazer o debate neste momento.
Segundo Jair Alves dos Santos, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Organização dos Financiários, este debate deve ser feito de imediato e os representantes dos trabalhadores irão fazê-lo por empresa. “Não podemos admitir que as financeiras continuem terceirizando um serviço que é de responsabilidade delas”, explicou.
Outros pontos negados pela Fenacrefi foram sobre a discussão de um novo modelo de Participação de Lucros e Resultados, adiantamento de salário e aumento da parcela adicional da PLR. Entre as questões sociais debatidas, os financiários não obtiveram avanço na licença-paternidade, visto que muitas instituições financeiras ainda não são cadastradas no Programa Empresa Cidadã.
Os representantes dos trabalhadores cobraram o cumprimento da lei. Segundo a dirigente Katlin Salles, diante da intransigência da Fenacrefi, a categoria ainda convive com assédio moral existente dentro dos locais de trabalho. “É um absurdo. Chegam ao disparato de colocar trabalhadores dentro das salas de reuniões e dizer ‘fiquem calados’. Em que mundo estamos, onde as pessoas não podem se manifestar? Nossa categoria vai lutar e vai conquistar”, afirmou.
Proposta salarial baixa 
A proposta de reajuste salarial é baixa, de 7,86% (correspondente a 80% do INPC de 9,83%, referente a junho/2016, mais R$ 1.000 de abono). O índice está muito aquém da reivindicação dos financiários, de reposição da inflação, mais 5% de aumento real.
“Desde a entrega da minuta até esta última rodada de negociação, os financiários não obtiveram avanços nas cláusulas sociais e econômicas. É inadmissível um índice tão baixo, uma vez que o lucro das financeiras se encontra nas alturas.
A categoria vai intensificar as mobilizações e dizer aos financiários de todo o país: Só a luta te garante!”, destacou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.
Rumo à greve 
Depois de quatro rodadas de negociação sem avanços e sem proposta de reajuste salarial decente, o Comando Nacional dos Bancários orienta deliberação sobre indicativo de greve em assembleias.

Fonte: Contraf-CUT

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