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Contraf-CUT repudia o pedido de prisão da presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco feito pela OAB

Em nota, entidade afirma que se esta medida arbitrária obtiver êxito, a luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras estará sob risco

30/09/2016

Os bancos desrespeitarem os direitos dos bancários e bancárias não é novidade. Fazem isso no cotidiano de nossa profissão, nos adoecem, nos assediam, nos usam e finalmente nos demitem.

Novidade é uma entidade que carrega em seu Estatuto a atribuição de “defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”, interferir em uma greve legal, não abusiva e justa.

Nesta Campanha Nacional dos Bancários, a OAB tem feito um esforço para se apresentar como uma entidade incompatível com a democracia e com o funcionamento do estado democrático de direito atacando o direito de greve, previsto da própria constituição que a Ordem deveria defender. Contradiz sua essência.

Descumpre radicalmente o seu papel de defender os direitos humanos ao pedir a prisão da mulher combativa como que preside o sindicato. Nenhum crime cometeu quando deliberou com os bancários e bancárias de sua base lutar contra a tentativa de reduzir os nossos salários que está sendo cometida pelos banqueiros.

Após 25 dias de uma sofrida greve, com grande adesão indignada da categoria, esperávamos que uma entidade como a Ordem dos Advogados do Brasil, em suas seccionais, estivesse cobrando dos bancos uma alternativa responsável e coerente com os altos lucros que este setor da economia recebe, para poupar a sociedade desta greve.

Lamentamos esta atitude inapropriada, repudiamos a violência nela contida e conclamamos as seccionais da OAB que peticionaram contra a legítima greve dos sindicatos para que retirem estas ações antidemocráticas.

Se esta medida arbitrária obtiver êxito, a luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras estará sob risco.

Só a luta te garante!

Nenhum direito a menos!

 

Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf-Cut

Fonte: Contraf-CUT

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Bancários consideram o pedido de prisão de presidenta do Sindicato de Pernambuco um equívoco jurídico

Suzineide Rodrigues concedeu entrevista coletiva e recebeu o apoio de diversas categorias

30/09/2016

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco avalia que o pedido da Ordem dos Advogados do Brasil-Secção Pernambuco ao Tribunal Regional do Trabalho(TRT) para prisão da presidenta da entidade e majoração da multa é um equívoco jurídico. E ratifica que a paralisação prossegue conforme assegura a Lei de Greve.

 

Essa posição foi apresentada durante coletiva de imprensa, realizada nesta sexta-feira (30), na sede da organização, na presença de representantes de diversas categorias que vieram prestar seu apoio aos bancários. A solicitação ainda não foi julgada pelo TRT.

 

O Comando Estadual da Greve acredita que a solicitação será rejeitada, mas em caso de deferimento, já está definida a estratégia de defesa. “A responsabilidade pela abertura e convocação dos funcionários para o pagamento dos alvarás judiciais é exclusiva dos bancos. É atribuição sindical mobilizar a categoria por melhores condições de trabalho”, afirma a citada presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

 

A afirmação está baseada no argumento da assessoria jurídica da instituição que classifica como equívoco jurídico o pedido da OAB-PE. “Não existe uma relação de subordinação entre trabalhadores e sindicato, mas uma relação de cooperação. O que significa que não existe desobediência civil, portanto, as penas não devem ser aplicadas”, afirma o advogado da entidade Gustavo Gomes.

 

A greve dos bancários chega hoje ao seu 25o dia, com aproximadamente 90% de adesão em Pernambuco. Na última rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), encerrada na última quarta-feira (28), o Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de 7% de reajuste mais R$3.500 de abono.

 

Na próxima segunda-feira (3), os bancários de Pernambuco se reúnem em assembleia às 18h, para organizar as próximas ações da greve.

Fonte: Seeb PE

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