No Paraná, 778 agências permanecem fechadas nesta sexta-feira (30), completando 25 dias de greve nacional dos bancários. Mesmo com alguns interditos proibitórios que amanheceram em vigor na capital e em algumas cidades do interior, a categoria resiste na luta por uma proposta digna da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que, mesmo lucrando 20% ao ano, tem se recusado a repor sequer a inflação aos funcionários.
Em Curitiba, durante a manhã, o Sindicato dos Bancários conseguiu derrubar interdito proibitório do HSBC que impedia os trabalhadores de manter faixas, cartazes e comissões de esclarecimento em frente às agências e centros administrativos. Com isso, a adesão à greve deve se intensificar na segunda-feira.
A tentativa dos bancos e da OAB em desmobilizar a categoria bancária por meio de medidas judiciais tem fracassado na maior parte do Brasil. Em Londrina, segunda maior cidade do Paraná, o sindicato dos bancários do município e região tenta derrubar o interdito do Bradesco, que mantém 13 agências na cidade. Nas demais cidades, os funcionários do Bradesco continuam de braços cruzados. A greve na base territorial de Londrina tem a participação de 1.703 bancários e bancárias, com adesão de 80%.
Os funcionários denunciam ao sindicato que estão sofrendo muita pressão e ameaças por parte dos dirigentes, mas demonstram sua insatisfação, conforme relato de Reggiane Portieri, presidenta do Sindicato dos Bancários de Londrina e Região.
“Os funcionários se indignam com a imposição de terem que trabalhar sob ameaças de demissão, mesmo sabendo que não há nenhuma disposição dos patrões em apresentar uma proposta satisfatória. A todo momento eles nos perguntam se o sindicato vai conseguir reverter os interditos proibitórios”, contou Regiane.
Autor: Cinthia Alves
Fonte: FETEC-CUT-PR