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Dieese confirma: Caixa lidera corte de vagas no primeiro trimestre de 2017

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25 Abril 2017 – 11:37

PEB da Contraf/CUT – Dieese confirma: Caixa lidera corte de vagas no primeiro trimestre de 2017

Bancos fecham 7.092 postos de trabalho. Saldo negativo ficou concentrado em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Dados foram coletados pela Pesquisa de Emprego Bancário, com base em registros do Caged

No primeiro trimestre de 2017, conforme pesquisa elaborada mensalmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os bancos que operam no Brasil fecharam 7.092 postos de trabalho. A Caixa Econômica Federal foi responsável por mais da metade dos cortes, cabendo à empresa o total de 3.626 vagas a menos.

Os dados foram coletados pela Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), que usa como base os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O número de demissões representa um aumento de 289% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A redução de postos de trabalho ocorreu em todos os estados, exceto no Acre, onde não houve nem diminuição nem aumento do emprego. São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados mais impactados, segundo o levantamento.

Na avaliação da Contraf/CUT, os bancos compõem o setor econômico que mais lucra neste país, apresentando, com crise ou sem crise, lucros astronômicos ano após ano. É comum que ocorram situações em que, apenas com a cobrança de taxas de serviços dos clientes, os bancos consigam pagar toda a despesa com os funcionários e ainda sobra dinheiro, sem contar os lucros obtidos com papéis do Tesouro Nacional e outras transações financeiras altamente lucrativas. Isto, segundo a Contraf/CUT, demonstra que não existe motivo para a demissão de trabalhadores, pois com isso apenas aumentam a crise financeira.

Desmonte dos bancos públicos

Separados por segmento de atuação, a PEB da Contraf/CUT – Dieese aponta ainda que a Caixa Econômica Federal foi, sozinha, responsável pela maior parte dos postos de trabalho fechados no período, chegando ao total de -3.626 vagas. “Esse resultado é consequência direta da política de desmonte dos bancos públicos implantada pelo governo ilegítimo de Michel Temer”, lembra Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae.

Ele opina que o desmonte da Caixa 100% pública, motivo de indignação, já é consequência de uma política de destruição da empresa e dos direitos dos empregados. “Trabalhadores e entidades representativas não vão ficar parados diante do processo de enfraquecimento gradativo do banco”, reitera.

Jair Ferreira aproveita o momento para convocar os empregados da Caixa de todo o país a aderirem ao chamado da CUT para a Greve Geral da próxima sexta-feira (28). Nessa ocasião, segundo ele, os trabalhadores e as trabalhadores vão exercitar a resistência contra a reforma da Previdência, contra a reforma trabalhista, contra a terceirização irrestrita e em defesa de todos os bancos públicos.

No início do ano, no caso específico da Caixa, foi anunciado um Plano de Demissão Voluntária Extraordinário (PDVE). Desde o ano passado, porém, o banco vem implantando uma política de fechamento de agências consideradas inviáveis. Além do mais, o governo Temer também vem promovendo um desmonte em outros bancos públicos, a exemplo do Banco do Brasil e do BNDES. Em relação a isso, a Contraf/CUT é incisiva: “Isso não é reestruturação. É o desmonte dos bancos públicos. Estão abrindo mão da carteira de clientes e dando espaço para a atuação dos bancos privados. Trata-se, na verdade, de uma preparação para a privatização dessas instituições, que são vitais para o processo de desenvolvimento social e econômico do país”.

O estudo da Contraf/CUT – Diesse traz ainda algumas análises sobre os motivos das demissões, sobre a faixa etária dos demitidos e dos admitidos, o tempo de emprego dos demitidos e os salários por gênero sexual.

Uma constatação: a situação de fechamento de vagas no sistema financeiro nacional é vista como injustificável, devendo, portanto, continuar sendo combatida.

Fonte: Fenae.

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