Banco omitiu informações dos trabalhadores e, de forma irresponsável, anunciou o fechamento.
Com investimentos em projetos de construção de moradias populares, incentivo ao esporte, à cultura e financiamento à educação, micro e pequenas empresas, a Caixa se tornou um banco público fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país e a redução da sua capilaridade é cada vez mais preocupante para a população.
Durante a última reunião com os representantes dos empregados, a direção da Caixa afirmou que não tinha a previsão de fechamento de agências e que o déficit financeiro das unidades era o principal parâmetro a ser considerado. Para Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa, a atitude causa efeito contrário e prejudica a imagem do banco que, por sua inserção na sociedade, conquistou grande valorização da sua marca. “As agências que estão localizadas em regiões distantes e bairros onde só tem a Caixa como banco são muito importantes para a população e também fazem com que a imagem da empresa se valorize. A Caixa virou ‘top of mind‘ por conta de estar em todos os locais”, afirmou.
O processo de fechamento de agências retira trabalhadores de suas funções e contribui para precarização do atendimento, além de atacar o desenvolvimento local e contribuir para a recessão e desemprego no país. “É um absurdo. É um atentado contra a empresa e contra os trabalhadores”, finalizou Dionísio.
Contra o desmonte
A Comissão Executiva dos Empregados, em conjunto com a Contraf-CUT e com a Fenae, divulgou em Carta Aberta à população, no dia 23 de agosto, a realização de atos semanais, todas as quartas-feiras, contra o desmonte dos bancos públicos, pelo governo Temer. “Qualquer movimentação como a que está sendo feita com a Caixa só pode ocorrer após discussão com a sociedade. A Caixa é mais que um banco e a sociedade espera isso da direção da empresa”, disse Dionísio.
Fonte: Contraf