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Remoções compulsórias no Banco do Brasil devem ser comunicadas ao Sindicato

Entidade está atenta, avaliando medidas judiciais cabíveis, para impedir redução salarial.

Nos próximos dias, deve ter início a última fase do Plano de Adequação de Quadros (PAQ) promovido pelo Banco do Brasil, que prevê a remoção compulsória de escriturários e caixas. Segundo o banco, o PAQ tem por objetivo regularizar os excessos de funcionários criados com o corte de dotação em algumas unidades. Na primeira fase, bancários nestes cargos puderam se voluntariar à remoção. A partir de agora, o banco deve realizar compulsoriamente as mudanças, bem como o desligamento incentivado dos funcionários em cargos “em excesso”.

Diante disso, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região tem visitado as agências do Banco do Brasil para conversar com os trabalhadores. Reuniões com a assessoria jurídica da entidade também têm sido realizadas para avaliar as medidas judiciais cabíveis frente à possibilidade da alteração unilateral do contrato de trabalho. “Nesta sexta, devem iniciar as remoções dos escriturários, sem alteração salarial. Contudo, na semana que vem, serão removidos os caixas podendo haver redução nos salários”, explica a dirigente sindical Ana Smolka.

O Sindicato solicita aos bancários que comuniquem imediatamente qualquer remoção compulsória promovida pelo banco (pelo e-mail bb@bancariosdecuritiba.org.br). “É indispensável que sejamos informados, para que possamos materializar os reenquadramentos e impedir qualquer redução salarial”, justifica a dirigente.

Não existe excesso de funcionários
Na avaliação do movimento sindical, não há excesso de funcionários ou cargos no Banco do Brasil. Na verdade, faltam bancários em praticamente todas as agências. “O que estamos vendo é o BB reduzindo ainda mais seus quadros, quando deveria estar promovendo novos concursos para contratar mais trabalhadores. Estimamos uma redução de 15 mil postos somente em 2016 e 2017 (governo Temer), que não foram repostos. Mas, em vez de contratar, o banco promove remoção compulsória”, resume Ana Smolka. “O resultado de tudo isso é, a cada dia, mais e mais bancários adoecidos de tanta sobrecarga e trabalho acumulado. As reestruturações constantes abalam as expectativas de crescimento na carreira e tornam o descenso uma regra”, completa.

Banco não apresenta explicações
Desde que o banco anunciou o PAQ, o movimento sindical solicita explicações e dados detalhados da reestruturação, como quantos e quais funcionários foram designados como “excesso” e qual critério usado para designá-los. Porém, até o momento o BB não apresentou tais informações. Uma reunião na Gestão de Pessoas (Gepes) em Curitiba está agendada na próxima segunda-feira, 29 de janeiro, às 14h30.

Por Renata Ortega

Notícia colhida no sítio http://bancariosdecuritiba.org.br/noticias-interna/9/bb/29180/bb-remocoes-compulsorias-devem-ser-comunicadas-ao-sindicato

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