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Vigília Lula Livre realizou discussão sobre a divisão sexual do trabalho

Com participação mista, foram expostas maneiras de como o gênero influencia na divisão do trabalho doméstico durante roda de conversa na Vigília Lula Livre, em Curitiba.

Arte: Brasil de Fato

Na manhã da última sexta-feira (3), a Vigília Lula Livre recebeu uma roda de conversa sobre divisão sexual do trabalho com Maria Abreu, professora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional – IPPUR da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuante dos temas de teoria política, teoria feminista e políticas públicas de gênero, ela conduziu a discussão em torno do problema da desigualdade de gênero em ambiente doméstico.

Durante a roda, que teve participação mista, foram expostas várias maneiras de como o gênero influencia diretamente na divisão do trabalho doméstico. Essa divisão constitui, segundo relatório do Instituto Búzios, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP que apoia e estimula o fortalecimento das organizações e movimentos sociais autônomos; barreiras fundamentais para sua igualdade de acesso e de permanência no mercado de trabalho.

Segundo dados de pesquisa realizada pela Universidade de Michigan, nos EUA, ter um marido aumenta em sete horas a carga de trabalho doméstico para as mulheres. Enquanto as solteiras gastam 12 horas semanais com obrigações do lar, as mulheres casadas, com até três filhos, ocupam 28 horas da semana com tarefas domésticas. Os dados foram produzidos na década de 1960 pelo pesquisador Frank Stafford.

Dentro do espaço da Vigília, Adriana Oliveira , coordenadora regional do MST e integrante do coletivo de mulheres do movimento, colocou que a militância visa diminuir ao máximo as divisões de trabalho doméstico. Ela afirmou que esses espaços de convivência fora do cotidiano trazem as discussões sobre o tema de forma mais latente: “O conviver coletivo tem papel fundamental na mudança de mentalidade”, declarou.

Para Adriana, outro aspecto importante a ser considerado na diminuição da sobrecarga doméstica das mulheres, é a emancipação do homem. Segundo ela, na medida em que eles desenvolvem habilidades dentro do lar em função de sua autonomia, a classe das mulheres também se emancipa.

 

Por Camila Vida
Edição: Laís Melo
Fonte: Brasil de Fato Paraná

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