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Nossa história | 28 de agosto, dia dos bancários, dia de luta!

Data é referência à greve de 1951, deflagrada em assembleia história da categoria, formalizando 28 de agosto como Dia do Bancário no calendário nacional a partir de 1952.

A greve dos bancários deflagrada em 28 de agosto de 1951 é referência histórica de mobilização para a categoria. A assembleia realizada no Sindicato dos Bancários de São Paulo teve a presença de 28% da categoria, que deflagrou a greve mesmo impedida por um decreto do governo Dutra, que em março de 1946, restringiu a realização de greves, vetando sua realização em “serviços essenciais”, cuja definição abrangia várias atividades econômicas, principalmente a atividade bancária.

A greve foi deflagrada e logo duramente reprimida. O Dops prendia e espancava os grevistas. Somente após 69 dias de paralisação, em 05 de novembro, a Justiça concedeu um reajuste de 31%, para uma reivindicação de 40%, pondo fim à paralisação. Apesar disso, após o término da mobilização, a repressão foi ainda mais acentuada.

Em 2018, relembramos os 67 anos desse marco, num cenário de enfrentamento a uma conjuntura de retrocessos, de fechamento de vagas e precarização do trabalho bancário.

De janeiro a julho de 2018, foram desligados 19,1 mil trabalhadores, sendo 10,5 mil demissões sem justa causa. A análise do Dieese por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial” (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil), foram responsáveis pelo fechamento de 1.523 postos no período, sem reposição com novas contratações. No caso da Caixa, em que ainda vigora o “Programa de Desligamento de Empregados”, lançado em 22 de fevereiro, o fechamento foi de 1.021 postos no período, também sem previsão de reposição de vagas via concurso público.

Desigualdade entre Homens e Mulheres
De acordo com análise do Dieese, foram admitidas em 2018, de janeiro a julho, 8.005 mulheres que receberam, em média, R$ 3.506,00, valor que corresponde a 71,5% da remuneração média auferida pelos 8.707 homens contratados no período. Constata-se a diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 9.515 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.556,00, o que representou 74,2% da remuneração média dos 9.642 homens desligados dos bancos.

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