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Comitê em Defesa da Aposentadoria orienta população de Curitiba sobre retrocessos da Reforma da Previdência

Mobilização coleta assinaturas em abaixo-assinado contra a PEC 06/2019 e distribui cartilhas sobre o fim da aposentadoria para os trabalhadores

Foto: Gibran Mendes

Na última quinta-feira, 18 de abril, o Comitê Estadual em Defesa da Aposentadoria mobilizou diversos ativistas no centro de Curitiba pela campanha “Eu quero me aposentar”. O objetivo é dialoga com a população que circula pela Boca Maldita, centro de Curitiba, para alertar que a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro não corta privilégios e penaliza os trabalhadores.

“Com a reforma eu não aposento nem por brincadeira”, declarou o segurança Carlos Roberto Gomes, 57 anos, sendo 22 deles trabalhador com carteira assinada. “Faz quatro anos que estou desempregado, só fazendo bicos, como vou me aposentar?”, afirmou. Carlos aproveitou o ato de rua realizado pelo Comitê para assinar o abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência.

Foi também procurando o abaixo-assinado e adesivos para colocar na camiseta que a estudante de direito Raíssa, 22 anos, que trabalha como assistente de recrutamento, disse ser totalmente contra a reforma. “Eu não acredito no rombo da previdência. A aposentadoria é um direito e beneficia a maioria da população pobre, que precisa da aposentadoria e também paga por ela”, afirma.

Até mesmo trabalhadores que leram o teor da reforma da previdência e entendem que ela de alguma forma iguala os trabalhadores se aproximaram da manifestação para dialogar com o Comitê. “Conversei com um trabalhador que acredita que a reforma seja boa porque ele entende que individualmente pode fazer escolhas sobre seu dinheiro, para que renda mais. E pude esclarecer que a Seguridade Social brasileira é uma política pública que beneficia coletivamente a população, por princípios de solidariedade no repasse de benefícios como auxílio-doença, pensão, aposentadoria, BPC para idosos pobres. Tinha uma série de informações que esse trabalhador tinha dúvidas e ele queria entender o porquê o Comitê é contra a reforma”, explica a jornalista Paula Zarth Padilha, diretora do SindijorPR, entidade integrante do Comitê.

A diretora da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR), Marisa Stedile, presenciou o depoimento de um senhor aposentado, já idoso, que declarou que se pudesse “assinaria mil vezes” contra a Reforma. E também foi assim que trabalhadores informais utilizaram seu intervalo de almoço para engrossar a mobilização da população que quer se aposentar e assinou o documento contra a Reforma da Previdência.
Diversos dirigentes dos sindicatos dos trabalhadores bancários, da construção civil, dos jornalistas, dos professores, dos petroleiros também participaram do ato, dialogando com a população, recolhendo assinaturas e distribuindo adesivos para que essa mobilização pressione os deputados federais, que votam a reforma, e demais mandatários, para que entendam que a população tem muitas dúvidas e não quer perder direitos.

Além da panfletagem e conversa com a população, dois caminhões de som circulam por Curitiba com informações sobre a Reforma. O áudio foi repetido também na Boca Maldita, em que ficou exposto um banner com o posicionamento dos deputados federais do Paraná contra e a favor da reforma.

O Comitê Estadual em Defesa da Aposentadoria se reúne novamente na próxima quarta-feira, 24 de abril, para avaliar as próximas ações e definir a data de entrega em Brasília do abaixo-assinado do Paraná para os deputados que votam o futuro de toda a população.

Fonte: Comitê Estadual em Defesa da Aposentadoria

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