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Como reinventar os sindicatos?

Dirigentes da FETEC debatem Organização Sindical e Democracia em seminário com a participação de Clemente Ganz Lucio, do Dieese

Entre os dias 21 e 22 de agosto, dirigentes liberados dos dez sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) participaram, em Curitiba, do Seminário de Organização Sindical e Democracia, promovido pela entidade.

O painel de abertura foi realizado pelo sociólogo Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese. Para Clemente, na atual conjuntura, o movimento sindical tem a tarefa de entender a divisão entre o que é urgente e o que é essencial para, dentro do essencial, tratar das urgências. “Estamos na linha de tiro, somos parte de uma organização que tem trajetória em curso de ser eliminada”, disse, afirmando que a estratégia adversária é ataque contínuo, referindo-se às ações do governo.

O dirigente do Dieese realizou uma explanação histórica sobre o mundo do trabalho para situar que o período produtivo atual passa por um período de radical mudança de sistema e é preciso refletir sobre quais os desafios para o movimento sindical. Para Clemente, os sindicatos morrem junto com esse sistema produtivo que vai morrer e é preciso se conectar com esse novo mundo do trabalho, “entender que mudança é essa, para reinventar o sindicato”.

Clemente chama esse momento de 4ª revolução industrial, em que as máquinas são utilizadas para aprender a ser “o que nós somos”. “As máquinas terão capacidade cognitiva mecânica para tomar decisões em velocidade superior à nossa. Essa máquina vai nos substituir em todos os postos de trabalho”, alertou.

Para ele, é preciso que o movimento sindical tenha a capacidade de colocar esse mundo do trabalho no sindicato e entende que deve ser um sindicato que pensa o tempo da vida. “O sindicato como centro cultural, para receber o trabalhador desamparado, que transforme a CLT em proteções coletivas universais, a moradia como lugar estratégico”, exemplificou.

Os sindicatos devem, portanto, buscar outros sentidos que estejam distantes das atuais referências de organização sindical.

Por Paula Zarth Padilha
FETEC-CUT-PR

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