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Por 11:37 Sem categoria

Fenaban recua da ideia de reajuste zero e apresenta proposta sem retirada de direitos

Enfim, temos uma proposta. Após 14 rodadas de negociação com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Comando Nacional dos Bancários conseguiu, após muita insistência, uma oferta que não ofende a categoria. Neste domingo (30) haverá uma assembleia de avaliação propostas de mesa única (Fenaban) e específicas do Banco do Brasil e Caixa, que serão transmitidas por cada Sindicato e votação pelo Vota Bem, que inicia amanhã (30), às 20h, e estará aberta até 23h59 do dia 31 de agosto. A assembleia inicia às 19h.

Nada de reajuste zero. Os banqueiros ofereceram acordo por dois anos que consiste em 1,5% de reposição nos salários, acrescidos de R$ 2 mil de abono a ser pago até 31 de setembro de 2020 e, para o ano seguinte, a reposição total do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do período de setembro de 2020 a agosto de 2021 e 0,5% de ganho real.

Para a Participação dos Lucros e Resultados (PLR), são  90% dos salários mais R$ 2.457,29 com teto de R$ 13.182,18, em duas parcelas, com antecipação de 54% dos salários mais R$ 1.474,38 com teto de R$ 7.909,10, a ser pago em setembro. A segunda parcela corresponde a diferença ou se a distribuição total não atingir 5% do lucro líquido do banco, aciona-se o acelerador podendo chegar a dois salários ou 5% do lucro líquido, o que chegar primeiro, com teto de R$ 29.000,77.

A outra parte da PLR é a adicional que corresponde a 2,2% do lucro líquido a ser distribuído de forma linear entre todos os trabalhadores do banco com teto de R$ 4.914,59.

Os valores da PLR, bem como do vale-alimentação e vale-refeição, auxílios creche/babá, funeral, , filhos com deficiência e requalificação serão reajustados pelo INPC (setembro 2019 a agosto de 2020) que fecha dia 31 de agosto.

Banco do Brasil

Os funcionários do Banco do Brasil (BB) levaram a melhor na queda de braço com o Banco do Brasil. Os trabalhadores não recuaram e se manteram firmes frente às tentativas da diretoria do BB em cortar pela metade a PLR e reduzir o ciclo avaliatório da Gestão de Desempenho Profissional (GDP). A PLR social de 4% segue intacta.

“Conseguimos evitar que o banco reduzisse o percentual de distribuição do lucro entre os funcionários e evitar que o banco facilitasse o descomissionamento por desempenho dos funcionários”, avaliou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Na atual conjuntura, com um governo que discrimina o funcionalismo e busca reduzir seus salários e direitos, é uma grande vitória termos conseguido reverter esses dois pontos”, completou.

“O que o banco e o governo buscavam com a redução do ciclo avaliatório era promover uma grande onda de descomissionamentos e, com isso, a redução dos rendimentos dos trabalhadores. Barrar esse ataque foi uma grande vitória”, ponderou a secretária da Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Para avaliarmos com maior precisão, é bom juntarmos os avanços obtidos na mesa da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, completou.

Abonos

As cinco folgas anuais (abono de ausência) continuam. A proposta do banco era extinguir a acumulação e a conversão. Foi conquistado em mesa uma transição. Até setembro de 2021, o funcionário poderá folgar, converter ou acumular seus cinco abonos anuais no limite das férias (se não usar até este período, terá que tirar durante este descanso) ou vender limitado a 10 dias. O saldo até setembro deste ano poderá ser convertido ou usufruído em acordo com o gestor. As cinco folgas até setembro de 2022 deverão ser usufruídas em descanso, não podendo mais acumular. Até esta data, teremos novas negociações.

Intervalo na jornada

Também houve avanço sobre o registro no sistema do intervalo de 15 ou 30 minutos para quem cumpre jornada de seis horas. O intervalo até 15 minutos continuará da forma como está. O intervalo a partir de 15 minutos, podendo ser de até uma hora, deverá ser registrado em ponto eletrônico.

Mesas específicas

O acordo também prevê a instalação de três mesas paritárias de discussões específicas sobre os funcionários de bancos incorporados, mesa de saúde e segurança bancária e mesa de escritório digital e teletrabalho.

Caixa

Na Caixa, o principal problema era em relação ao Saúde Caixa. O banco apresentou uma proposta final, que é de 3,5% de mensalidade pro titular, 0,4% por dependente sendo o teto máximo de 4,30% de mensalidade. Coparticipação familiar de R$ 3,6 mil. Os novos empregados estão incluídos.

Segundo a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, o foco da Comissão foi manter o plano viável para todos. “O plano de saúde é essencial para o trabalhador e nesse momento em que estamos, de pandemia, mais ainda. O Saúde Caixa deve ser viável para todos os empregados, desde aqueles que ganham menos até os aposentados”, afirmou.

Texto: Flávio Augusto Laginski, com informações da Contraf-CUT e Ana Smolka

Fonte: Fetec-CUT-PR

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