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Por 11:07 Sem categoria

Crescimento de vagas em plataformas digitais aumenta precarização e ameaça direitos

Foto: Roberto Parizotti

O crescimento acelerado das plataformas digitais que utilizam mão de obra informal, sem direitos, acende um alerta sobre a degradação das condições de trabalho de milhares de pessoas que acabam, por causa da crise econômica e do aumento do desemprego, enxergando nesta atividade a única maneira de garantir um mínimo de renda para sobreviver.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo, nos últimos dez anos, o número de plataformas digitais, em todos os setores, cresceu cinco vezes. Apesar de se concentrar ainda nos serviços de entrega, o trabalho por plataformas digitais vem ampliando a abrangência para outros setores e atividades, como educação, jurídico, serviços pessoais, logística e outros, sempre pagando baixos salários e impondo longas e exaustivas jornadas.

No Brasil, esse exército de trabalhadores sem carteira assinada e sem direito a proteção da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), vem sendo classificado como “empreendedores”. Na verdade, são motoristas, motoboys e entregadores de aplicativos sem direito a seguro-desemprego, aposentadoria, auxílio-doença ou acidente, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ou abono salarial do PIS/Pasep.

Propagandeada pelo mercado e pelos próprios aplicativos, como Uber, iFood, Rappi, entre outros, como uma forma de trabalho independente, em que o trabalhador faz seu próprio horário e, ele mesmo, gerencia sua atividade, a profissão nada mais é do que uma forma de exploração que leva esses trabalhadores aos limites de carga de trabalho, sem segurança, com total ausência de direitos e proteção social.

Eles são cobrados pela rapidez na entrega, têm que atender aos padrões e regras dos aplicativos que, por sua vez, ignoram a realidade das ruas, ou seja, de como é realizar o trabalho. E se não conseguem cumprir as normas, são punidos com suspensão ou descadastramento do sistema.

Fonte: CUT

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