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Secretaria Estadual de Saúde admite colapso de leitos no Paraná

Foto: Geraldo Bubniak

O quadro de contaminação no estado do Paraná é gravíssimo. O estado está com 94% dos leitos de UTI para adultos ocupados. As regiões de Curitiba e Foz do Iguaçu são consideradas as mais graves, com ocupação de 95% e 98% respectivamente. Durante reunião do Conselho Estadual de Saúde hoje (25), o governo foi questionado sobre a abertura de novos leitos para conter a superlotação e se conta com a disponibilização de “novos leitos a partir do óbito de pacientes internados”. A pergunta ficou sem resposta. A SESA admitiu abrir apenas 50 vagas de leito no Paraná em fevereiro e que sofre com a falta de equipamentos, profissionais de saúde e insumos. A única esperança é a vacina, uma vez que o isolamento social no Paraná falhou.

Na apresentação, a Secretária mostrou os dados com 773 pessoas internadas em enfermaria e 697 em UTI. O estado está 95% região Leste, que pertence a Curitiba, Na Oeste 98% de ocupação, com preocupação de Foz do Iguaçu, e Noroeste com 91% de leitos ocupados. No estado inteiro, a média é de 94% de UTI adulto.

::. Confira aqui o Boletim da SESA

“Isso nos preocupa. A gente não pode ficar ampliando o leito o tempo todo. Ou não tem espaço, equipe, maca, equipamentos, respiradores. Estamos no limite e precisamos observar o uso da máscara e fazer higienização. A gente nunca teve taxa elevada de isolamento no Paraná. Nós não conseguimos”, admite Maria Goretti David Lopes,  Diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa/PR).

A conselheira Irene Rodrigues, representante da CUT Paraná, demonstrou preocupação com a superlotação na rede pública e privada. Ela perguntou quantos leitos novos foram abertos em 2021 e em fevereiro, quantas mortes em fevereiro eram de pessoas que estavam em leitos de UTI, se a superlotação de vagas tem sido amenizada pelos leitos desocupados por óbitos, o que Curitiba está fazendo para reduzir a ocupação e se os critérios para internação são os mesmos no mesmo período do ano passado e agora.

Segundo a SESA, “estamos em um quadro de extrema gravidade com ocupação acima de 90%. Estamos fazendo um esforço próximo a finitude. Ampliamos 50 leitos a mais em todo estado em fevereiro: Sarandi, Maringá, Beltrão, Hospital Regional do Litoral e poderá ampliar em Corbélia. Falta espaço físico e o estado está contingenciando hospitais para ter materiais para o tratamento da Covid”.

Os membros da Secretaria ainda disseram que “estamos no limite de equipes: médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem. Estamos em um momento de bastante dificuldade”. Por fim, de acordo com Goretti David Lopes, “arredondando o dado, de todos os pacientes confirmados com Covid em Unidades de Tratamento Intensivo, 25 mil altas e 8,3 mil óbitos. A relação é de a cada 3 internados em UTI, um falece”, lamenta.

A esperança é a vacina que chega a conta gotas

Durante a reunião foi informado que “a novidade é que o Boletim Epidemiológico  agora conta com os vacinados”. O Paraná tem quase 300 mil vacinados. 286 mil primeira dose e 93 mil da segunda dose. O Paraná recebeu o 5o lote de vacinas, sendo 102 mil doses da Astrazeneca para serem usadas como primeira dose e 64,8 mil doses para segunda aplicação. O objetivo é vacinar 4 milhões de paranaenses na primeira fase.

Um dado preocupante na vacinação do estado. Apenas 54% da população de idosos no Paraná foram vacinadas. Durante a reunião do Conselho foi feito um apelo para que as pessoas vão se vacinar, principalmente porque são o maior grupo de risco e onde se concentram as mortes.

Texto: Manoel Ramires

Fonte: Porém.Net

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