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Por 10:31 Sem categoria

Governo não colocou um centavo para o combate à pandemia no Orçamento de 2021

O orçamento da União aprovado com três meses de atraso pelo Congresso Nacional reduziu verbas para a área da saúde no momento em que a pandemia do novo coronavírus está mais descontrolada, os hospitais estão superlotados, não tem mais vagas nas enfermarias nem nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), e os profissionais da saúde estão desesperados porque falta até remédios para intubação.

Apesar da pandemia, iniciada no ano passado, não ter dado trégua aos brasileiros – em janeiro o mundo assistiu estarrecido pacientes com Covid-19 morrendo asfixiados por falta de oxigênio em Manaus e agora vê centenas morrendo na fila de espera por uma vaga em leito de UTI -, o banqueiro Paulo Guedes, ministro da Economia, e sua equipe não destinaram verbas exclusivamente para combater a pandemia.

Nenhum centavo foi destinado pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) na peça orçamentária enviada ao Congresso em meados de agosto do ano passado para a compra de equipamentos de proteção para os trabalhadores da saúde, ou de respiradores, ampliação de leitos de UTI e do estoque de oxigênio, entre outras necessidades para atender os contaminados pela doença.

Do total de R$ 1,1 bilhão de verba deste ano para o combate à pandemia da Covid-19, parte foi colocada pelo relator do Orçamento, que mexeu na peça orçamentária enviada pelo governo federal. As emendas parlamentares foram responsáveis por apenas R$ 230 milhões.

“As emendas parlamentares para a saúde como um todo atingiram R$ 9 bi, mas o problema com esse dinheiro é que ele vai para ações de interesses dos parlamentares, não necessariamente para ações mais necessárias e urgentes como o combate à pandemia”, afirma economista e assessor do PT no Senado, Bruno Moretti.

Governo não usou nem 10% da verba para compra de vacina

No final do último quadrimestre do ano passado o governo destinou R$ 21,6 bilhões para a compra de vacinas contra a Covid-19, mas utilizou apenas R$ 1,9 bi – ou seja, menos de 10% da verba disponível.

Como o recurso foi aprovado em 2020, ele não pode ser contabilizado no orçamento da saúde deste ano, embora possa ainda ser utilizado.

“A sobra deste dinheiro só revela a incompetência do governo e sua lentidão em vacinar a população. É uma péssima distribuição do orçamento”, critica o economista.

Fonte: CUT

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