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Por 12:09 Banco do Brasil

BB descumpre acordo e obriga funcionários a trabalhar presencialmente sem necessidade

Funcionários do Banco do Brasil estão sendo obrigados a trabalhar presencialmente nos escritórios de Belo Horizonte, mesmo quando suas funções não exigem o atendimento pessoal dos clientes. Em mesa de negociações, o banco havia se comprometido a encaminhar estes trabalhadores para o trabalho remoto em home office para evitar a propagação ainda maior da Covid-19.

Em texto publicado em seu site, o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região afirma que “vários funcionários têm ligado e mandado mensagens para os dirigentes sindicais assustados e revoltados por entenderem que poderiam realizar o trabalho em home office.”

O sindicato disse ainda que já procurou o banco e alguns gestores liberaram os funcionários para o trabalho remoto durante esta fase da pandemia, mas outros se mantiveram irredutíveis e insistem em fazer com que bancários saiam de casa sem necessidade. Como as conversas não surtiram efeito, encaminhou as denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Prefeitura de Belo Horizonte.

“Exigimos o bom senso dos gestores do BB para que eles providenciem para que os serviços internos sejam executados em teletrabalho”, afirmou Rogério Tavares, funcionário do Banco do Brasil e diretor do sindicato.

Descumprimento de acordo

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, ressalta que as denúncias permaneceram mesmo após a reunião de negociações com a Federação Nacional dos Bancos, na qual o BB assumiu o compromisso de manter em home office os funcionários que não precisam atender o público presencialmente.

“O Banco do Brasil já divulgou protocolos de segurança se comprometendo de mandar estes trabalhadores para o home office, mas percebemos que existe uma distância enorme entre o que a instituição assume oficialmente e a prática de gestores inescrupulosos, que colocam a meta acima do bem estar dos funcionários”, afirmou Fukunaga. “Esta insensibilidade pode custar vidas. O banco tem que ensinar aos seus gestores como fazer gestão no trabalho home office e não exigir a presença dos funcionários. Isso é coisa de gestor que quer a presença dos funcionários para praticar a intimidação pessoal”, completou.

Para Fukunaga, este caso de Belo Horizonte deve ser solucionado exemplarmente pelo banco, para mostrar que a instituição não vai tolerar o desrespeito ao que foi acordado. “Ou o banco resolve isso rapidamente, ou haverá outros gestores que vão querer fazer igual. Aí, poderemos entender que não são alguns gestores, mas a instituição que está descumprindo o que foi acordado”, concluiu o coordenador da CEBB.

Estudo da UFMG revela que bancos são um dos locais com mais risco de contaminação por Covid-19

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que bancos são um dos lugares com maiores riscos de contaminação por Covid-19. As evidências apontam que é mais fácil contrair a doença em bancos do que supermercados, por exemplo.

A pesquisa mostrou que apenas hospitais e transporte público possuem risco maior para contaminação.  “Por esta razão que a  Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fete-CUT-PR) e seus sindicatos estão em campanha para tornar a categoria bancária como prioritária para receber a vacina contra a Covid-19”, explica a secretária de Saúde e Condições de Trabalho da Fetec, Vanderleia de Paula.

O secretário de formação da Fetec, Pablo Sérgio Dias, mostra indignação contra o descaso do desgoverno federal com a categoria banária. “Perdemos para hospitais, naturalmente, para os transportes públicos do oligopólio patrocinador de Greca, logo, intocável e “impronunciável”. Empatamos com as lotéricas, o que, em tese, comprova que porta giratória não impede entrada de vírus. O BB de Bolsonaro, sob o comando do também genocida Paulo Guedes , faz do trabalho uma roleta-russa ao reforçar sua falta de palavra e negacionismo científico. Governo Bolsonaro expõe bancários do BB ao vírus. É o vale-tudo do dinheiro. Para o governo Bolsonaro, a vida do bancário do BB (muitos votaram nele) não vale nada, o dinheiro e o lucro , vale-tudo”, opina.

A Fetec e seus sindicatos (Curitiba, Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama) estão com um abaixo assinado para incluir a categoria bancária como prioritária para a vacina contra a Covid-19. Para participar, acesse este link

Texto: Contraf-CUT e Flávio Augusto Laginski

Fonte: Contraf-CUT e Fetec

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