Em um verdadeiro ataque à democracia e à liberdade de imprensa, o jornalista José Machio, ex-bancário e ex-assessor de imprensa do Sindicato de Londrina, foi indiciado pela Polícia Civil por ter noticiado a participação da juíza da 6ª Vara Criminal de Londrina, Isabele Papafanurakis Ferreira Noronha, em manifestação no dia 7 de setembro a favor do fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal).
Maschio, mais conhecido como Ganchão, reproduziu em sua página no Facebook foto em que a juíza estava em um hotel em São Paulo, com roupas e uma peruca verde e amarelo, juntamente com outros quatro acompanhantes, estando um deles segurando um cartaz com a frase “o Supremo é o povo”.
Isabele não gostou da postagem e registrou BO (Boletim de Ocorrência) contra o jornalista, alegando ter sido vítima de calúnia e difamação. No último dia 27/09, Ganchão prestou depoimento na Delegacia da Polícia Civil e agora o caso está nas mãos do Ministério Público, que poderá denunciá-lo ou não por ter divulgado a participação da juíza no ato antidemocrático.
“O que passou e está a mover a roda do poder judiciário foi o descontentamento da juíza com a publicidade de sua adesão ao evento golpista de 7 de setembro passado, pautado, convocado e realizado contra o Supremo Tribunal Federal. Ela, enquanto juíza, ao atender à convocação da manifestação de pauta antidemocrática feriu a LOMAN (Lei Orgânica da Magistratura Nacional), na medida em que esteve presente na manifestação organizada contra o STF. Gancho apenas noticiou o que ela, juíza, fez. Nada mais que isso. Insatisfeita com a mensagem passada por sua conduta (esteve presente em uma manifestação pautada contra o Supremo) ela mirou e atacou o mensageiro. Aguardemos a justiça se fazer!”, disse João dos Santos Gomes Filho, advogado de Ganchão.
A atitude da juíza londrinense foi repudiada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná, pela FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), diversas outras entidades e profissionais da área.
A participação de Isabele no ato de 7 de setembro está sendo investigada pelo Tribunal de Justiça do Paraná.
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Texto: Armando Duarte Jr.
Fonte: SindjorNortePR