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Por 14:16 Banco do Brasil, Saúde do Trabalhador

Convocação de grupo de risco pelo BB mostra a falta de funcionários nas unidades do banco

O retorno ao trabalho de funcionárias e funcionários do grupo de risco do Banco do Brasil nas últimas semanas acendeu o sinal de alerta no movimento sindical. Isso porque o banco, sob a gestão de Fausto Andrade Ribeiro, indicado por Bolsonaro,  simplesmente ignorou o movimento sindical e também os protocolos de segurança ao cobrar o retorno destes trabalhadores.

O BB está passando por cima do Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial assinado por ele mesmo e em nenhum momento negociou com o movimento. Simplesmente convocaram estes trabalhadores, com exceção das gestantes.

A volta está sendo gradativa, nos meses de novembro e dezembro, observados os percentuais mínimos de 50% (novembro), 75% (primeira quinzena de dezembro) e 100% (até o final de dezembro).

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), Deonísio Schmidt, a decisão tomada pelo BB mostra o quanto a “reestruturação” feita no início de 2021 foi prejudicial ao banco. “A eliminação de mais de sete mil postos de trabalho feita no início do ano mostram bem o quanto este governo quer destruir o Banco do Brasil. Só estão chamando essas pessoas com comorbidades porque a ‘reestruturação’ promovida só piorou as coisas, tanto para quem trabalha quanto para quem precisa utilizar o banco. É necessário a realização de um concurso para preencher estas vagas”, salienta.

Deonísio diz também que é um absurdo o movimento sindical ter sido ignorado pelo BB. “Não podemos e não vamos aceitar que passem por cima dos trabalhadores. Sob hipótese nenhuma eles serão prejudicados”, frisa.

O suplente da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) Laurito Porto de Lira Filho afirma que a decisão do banco não é democrática. “O retorno das pessoas do grupo de risco feita de maneira abrupta, autoritária e sem o debate com os trabalhadores por meio de suas representações só mostra que o Banco do Brasil não está preocupado com quem trabalha na instituição. Pois gestores, em seu desespero por conseguir o resultado das metas, querem a todo custo que colegas larguem de uma hora para outra seus filhos pequenos que não podem mais ser matriculados em escolas, coloquem-se em risco em ambientes que não foram preparados para o seu retorno e terão que enfrentar neste momento da pandemia a inexistência de decretos de restrições para cuidados sanitários e a presença de uma nova variante. É imoral o que alguns gestores estão fazendo com seus colegas em nome do cumprimento de metas de um banco que está cada vez mais desumanizado tanto para o trabalhador como para o cliente”, conclui.

Texto: Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec

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