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Por 11:46 Bancos, Destaque, Itaú

COE/Itaú negocia retorno ao trabalho presencial com o banco

Reunião também abordou demissões de pessoas com deficiência (PcDs) e banco de horas negativos.

A Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE/Itaú) se reuniu com a diretoria do banco, nesta quarta-feira, 09 de março, para negociar o retorno ao trabalho presencial, cobrar o fim das demissões entre as pessoas com deficiência (PcDs) e discutir a compensação do banco de horas negativas.

O Itaú informou que o retorno ao trabalho presencial se dará até o final do mês de março em três formados: presencial, híbrido – quando tiver de ir ao polo, o trabalhador deve ocupar espaço dedicado ao seu time, sem necessidade de agendamento –, e flexível – o local de trabalho é apenas um suporte e deve ser reservado nos locais referentes, implementados para facilitar os encontros das equipes.

A representação sindical pediu reforço na divulgação dos protocolos sanitários e na fiscalização do cumprimento. “Fizemos algumas visitas aos locais de trabalho e o cenário que encontramos foi bastante preocupante, muitos trabalhadores agrupados e sem máscara. Ainda estamos vivendo um momento de contaminações e os cuidados têm de ser mantidos”, afirma Jair Alves, coordenador da COE/Itaú. “Reiteramos que o banco precisa ser firme na exigência do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)”, acrescenta Ana Fideli, representante do Paraná na Comissão.

Os dirigentes sindicais questionaram ainda sobre o retorno dos trabalhadores com comorbidades e das grávidas. O banco disse ainda não ter uma definição. “Mesmo com a permissão da legislação, pedimos que o Itaú tenha um olhar empático com as gestantes, para que não sejam exposta sem necessidade”, pontua Ana Fideli.

PCD
Com o questionamento do movimento sindical sobre as demissões anunciadas recentemente, o banco explicou que elas estavam represadas há alguns anos por conta de processos internos e essas vagas já estão recompostas para cumprimento da Lei de Cotas. O tema deve continuar a ser debatido no Grupo de Trabalho (GT) de Saúde.

Banco de horas negativas
Atendendo a outra reivindicação dos representantes dos trabalhadores, o banco apresentou o quadro de banco de horas negativas dos funcionários. O acordo do modelo de compensação, negociado pela COE e aprovado pelos trabalhadores no início de 2021, garantiu aos bancários um período de 18 meses, a partir do mês de março do ano passado, com o limite de duas horas por dia, para compensar as horas negativas.

Há um grupo reduzido de pessoas que não conseguirão pagar as horas até o limite do acordo. Por isso, o movimento sindical propôs que, a partir de 31 de agosto, vencimento do acordo, as horas sejam abonadas, principalmente das gestantes. “É um grupo pequeno de pessoas. Eles não conseguiram repor as horas por falta de equipamentos, ou problemas pessoais”, argumentou Valeska Pincovai, dirigente sindical membro da COE/Itaú. “Frisamos também que o Itaú precisa viabilizar as condições de trabalho necessárias para que esses bancários e bancárias consigam pagar essas horas”, destaca Ana Fideli.

O banco ficou de retornar à reivindicação o quanto antes. O acordo de banco de horas negativas foi negociado para garantir os direitos dos trabalhadores que foram afastados ou trabalharam em regime de rodízio nas agências, por conta da pandemia de Covid-19.

Fonte: Bancários e Financiários Curitiba

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