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Por 14:12 Notícias

Auditoria do TCU revela que Bolsonaro gastou R$ 21 milhões no cartão corporativo

O TCU (Tribunal de Contas da União) realizou uma auditoria sigilosa nos gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, a qual constatou que a família gastou R$ 21 milhões nos cartões corporativos – pagos com dinheiro público – entre janeiro de 2019, início de seu mandato, e março de 2021. Os dados foram publicados pela revista Veja, que teve acesso a informações da auditoria.

Os auditores do TCU responderam a parte dos questionamentos feitos pelos brasileiros nos últimos meses, que consiste especialmente na pergunta: por que o governo Bolsonaro determinou sigilo de 100 anos em 99% dos gastos presidenciais com cartões corporativos?

Eles vasculharam arquivos dos recursos destinados a custear despesas de caráter secreto pagas com cartões corporativos, chamados de suprimento de fundos para responder os questionamentos e descobriram gastos milionários, por exemplo, com alimentação da família Bolsonaro e a do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos).

Três salários mínimos por dia em alimentação

De acordo com a Veja, os auditores do TCU descobriram, entre outras coisas, que só entre 2019 e 2021, Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões, supostamente para comprar comida para abastecer sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e a da Mourão, o Palácio do Jaburu. Em média, foram gastos R$ 96,3 mil por mês, o que dá cerca de três salários mínimos por dia em alimentação, mas não se sabe quais alimentos foram comprados.

Com combustível, Bolsonaro gastou R$ 420,5 mil.

Com viagens, Bolsonaro, que já tirou 15 mini-férias, gastou R$ 16,5 milhões em hospedagem, fornecimento de alimentação e apoio operacional, em geral para participar de motociatas, passear de jet ski, assistir jogos de futebol e outras ‘agendas’ de lazer.

O TCU também concluiu que ministros utilizaram o avião presidencial para curtir feriados fora de Brasília ou assistir partidas de futebol em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre os envolvidos estão Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).

De acordo com a reportagem da Veja, outro ponto nas despesas de Bolsonaro que chamou atenção foi o “maior volume de gastos presidenciais sigilosos” ligados a viagens suas, do vice-presidente e de sua comitiva, que somaram R$ 16,5 milhões em hospedagem, alimentação e apoio operacional. Puxando o novelo de informações, ainda segundo a revista, os auditores descobriram “uma farra de caronas aéreas pagas com dinheiro público para eventos sem nenhuma ligação com as atividades do governo.

Diante de tantas irregularidades, o TCU recomendou ao Palácio do Planalto para que, entre outras coisas, que parte dos gastos do presidente seja mais bem controlado e que parte das despesas não tenham mais o carimbo de ultrassecreto.

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