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Por 11:23 Notícias

Esposa de Dom Phillips confirma que corpos de jornalista e Bruno Pereira foram encontrados

A mulher de Dom Phillips, Alessandra Sampaio, afirmou na manhã desta segunda-feira (13) que os corpos do jornalista inglês Dom Phillips e do servidor da Funai, Bruno Pereira, foram encontrados mortos. A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. Dom Phillips e Bruno Pereira estão desaparecidos há uma semana.

O jornalista André Trigueiro, por meio de suas redes, revelou que a esposa de Dom Phillips, Alessandra, voltou a fazer contato com o Polícia Federal que lhe informou que os corpos precisam ser periciados para se confirmar a identidade. 

O embaixador do Reino Unido no Brasil, Francis Vijay, declarou ao The Guardian que os corpos de Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, que era correspondente do Guardian no Brasil, foram encontrados amarrados em uma árvore. 

Ao Guardian, o cunhado de Phillips, Paul Sherwood, declarou que a embaixada passou a informação. “Ele [embaixador] disse que queria que nós soubéssemos que eles tinham encontrados dois corpos. Ele não descreveu o local e disse que ele estavam amarrados a uma árvore e que ainda não foram identiificados”, disse.  

Desaparecimento e ameaças 

O servidor da Funai Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips, correspondente do The Guardian no Brasil, estavam desaparecidos há mais de uma semana após saírem para uma missão de visitas a comunidades e trabalho de campo. Pereira era alvo de ameaças.

De acordo com informações da Coordenação da Organização Indígena UNIVAJA, Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima a localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas. Os dois chegaram no local de destino (Lago do Jaburu) no dia 03 de junho de 2022 às 19:25h. No dia 05/06 os dois retornaram logo cedo para a cidade de Atalaia do Norte, porém, antes pararam na comunidade São Rafael, visita previamente agendada, para que o indigenista Bruno Pereira fizesse uma reunião com o líder comunitário apelidado de “Churrasco”

O grupo relatou à época do desaparecimento que, a partir de informações colhidas, se constatou que a equipe recebeu ameaças em campo. Além disso, também afirmam que outros membros da UNIVAJA também foram alvos de ameaças.

Na noite deste domingo (12), a Polícia Federal confirmou que uma mochila encontrada no local do desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips é do jornalista. Além da mochila amarrada em uma árvore, também foram encontrados outros pertences.

“Na região onde se concentraram as buscas foram encontrados objetos pessoais pertencentes aos desaparecidos, sendo 1 (um) cartão de saúde em nome do Sr. Bruno Pereira, 1 (um) calça preta pertencente ao Sr. Bruno Pereira, 1 (um) chinelo preto pertencente ao Sr. Bruno Pereira, 1 (um) par de botas pertencente ao Sr. Bruno Pereira, 1 (um) par de botas pertencente ao Sr. Dom Phillips e 1 (uma) mochila pertencente ao Sr. Dom Phillips contendo roupas pessoais.”, diz nota da PF.

Juíza decreta prisão temporária de suspeito

 

Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, de 41 anos, teve sua prisão temporária decretada pela juíza Jacinta Silva dos Santos, nesta quinta-feira (9). Ele é suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.

A prisão foi decretada durante a audiência de custódia, que aconteceu na tarde desta quinta.

Uma testemunha declarou que viu Pelado carregar uma espingarda e fazer um cinto de munições e cartuchos pouco depois que Bruno e Dom deixarem a comunidade São Rafael com destino à Atalaia do Norte, na manhã de domingo (5), dia do desaparecimento e ambos.

A testemunha afirmou, ainda, que o suspeito é um “homem muito perigoso” e que vinha prometendo “acertar contas” com o indigenista, conforme informações do Globo.

Logo em seguida de Bruno e Dom deixaram a comunidade, um colega de Pelado foi visto em seu barco com o motor ligado em ponto morto, à espera do suspeito.

Testemunha afirma que Pelado e outros homens fizeram “algo ruim”

 

A testemunha também destacou que não “resta dúvida” de que ele e outros homens fizeram “algo ruim” com o barco em que o indigenista e o jornalista estavam, segundo a Reuters.

A história bate com o que já se sabia, que Pelado e comparsas foram vistos por ribeirinhos trafegando em uma lancha, em alta velocidade, logo atrás da embarcação dos dois desaparecidos.

Fonte: Revista Fórum

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