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Por 11:54 Bancos, Recentes

A pesquisa era sobre fraude financeira, mas trabalhadores denunciaram assédios

Pesquisa da Aliant, plataforma de soluções digitais da consultoria de gestão de riscos e compliance ICTS Protiviti, revela que trabalhadores têm quatro vezes mais situações de assédio moral e sexual, agressão e discriminação para denunciar do que fraudes financeiras.

O resultado surpreendeu por que a pesquisa detectou um aumento de 18% nesse tipo de queixa em 2021 em relação a 2020, que por sua vez, registrou um aumento de 6% em relação a 2019. Ou seja, em apenas um ano as denúncias triplicaram.

A pesquisa dividida em tópicos, mostrou que em “relacionamento interpessoal”, categoria que inclui falhas de comportamento e práticas abusivas, correspondem por 52,6% das denúncias. Já os desvios de comportamento (não agir de acordo com as normas ou tudo que vai contra o código de conduta da companhia) marcaram 21,6%, enquanto os atos abusivos (assédio moral, sexual, agressão e discriminação), chegaram a 31%. As delações sobre fraudes somam apenas 6,9%.

Ao todo foram 125.412 registros feitos nos canais de denúncias de 563 empresas de diferentes portes e segmentos, em todos os estados. O setor de serviços foi o que mais registrou esses tipos de denúncias com 44,2%; seguido pela indústria com 22,3%. Por outro lado, o varejo com 6,4% de delações foi o setor que com maior volume de indícios por amostra de mil funcionários (19,4%).

Fernando Fleider, o CEO da Aliant, uma plataforma de soluções digitais da consultoria de gestão de riscos e compliance ICTS Protiviti, autora do estudo, em entrevista ao jornal Valor Econômico disse que o resultado mostra que as organizações devem ter um maior cuidado com as equipes, afetando inclusive a saúde dos trabalhadores.

Ele ainda alertou que danos à imagem das empresas acarretam perdas financeiras. 

“Historicamente, as corporações buscam indicadores financeiros para analisar as denúncias, em especial nos casos de fraude, diz. “Mas o fator financeiro pode estar ligado também aos assédios, por conta das condenações judiciais trabalhistas”.

Por outro lado, as empresas, ainda de acordo com a pesquisa, têm aumentado as medidas disciplinares como “orientação e transferência de funcionários de setores”.

Fonte: Contraf-CUT

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