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Bolsonaro zomba dos milhões de desempregados no país: “Tem de correr atrás”

Com mais de 10,6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desepregados, sendo 7,6 milhões na faixa etária dos 14 a 29 anos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) zomba do drama das famílias brasileiras dizendo que jovens “têm de correr atrás” de emprego e dá a entender que não tem nada a ver com isso.

A fala ocorreu durante encontro de Bolsonaro com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira (21). Ele ironizou a dificuldade dos brasileiros de conseguir emprego, especialmente os jovens que, segundo o IBGE,  passam mais tempo tentando uma colocação ou recolocação no mercado de trabalho do que os demais trabalhadores.

Ele associou a dificuldade a uma suposta doutrinação durante as gestões do PT. De acordo com o presidente, estudantes jovens “têm que correr atrás” de empregos.

Segundo Bolsonaro, “o ensino foi de mal a pior no governo do PT”, e “interessa a juventude ser doutrinada, ser um boca aberta”. Por isso, estariam culpando o governo por não conseguir inserção no mercado de trabalho. “Eu não crio emprego, quem cria emprego é o setor privado. Eu não atrapalho o empreendedor, como fizemos várias leis”, declarou.

Como sempre faz, a fala Bolsonaro é confusa e distorcida. O presidente da República é, sim, responsaável pela geração de emprego e renda, com propostas efetivas para aquecer a economia, como investimentos pesados em infraestrutura e construção de casas populares, entre mutias outras que estão no programa de governo do ex-presidente Lula (PT), como focar na reindustrialização nacional em novas bases tecnológicas e ambientais; estimular a reforma agrária e a economia solidária, à economia criativa e à economia verde inclusiva, baseada na conservação, e na restauração e no uso sustentável da nossa biodiversidade.

A sequência da fala sobre doutrinação não tem nada a ver com a geração de empregos, uma questão mais relacionada a eficiência de gestão e decisão política, propostas concretas, coisa que este governo não tem.

Em 2014, durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, não se discutia doutrinação política, eram colocadas em prática propostas efetivas. Resultado: havia pleno emprego – a taxa de desemprego chegou a apenas 4,3%.

“Os jovens, principalmente de escolas técnicas já saiam empregados e os aposentados eram convidados a retornar ao trabalho”, afirmou em entrevista ao PortalCUT o ex-diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e atual assessor do Fórum das Centrais Sindicais, Clemente Ganz Lúcio.

Fonte: CUT

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