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Por 12:40 Agenda Sindical, Destaque

Proposta dos bancos para segurança bancária é um insulto, avalia Fetec

A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi considerada um insulto pelos dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR).

Alegando uma queda nos assaltos aos bancos entre 2000 e 2021, a entidade patronal teve a ousadia de propor que os trabalhadores se juntem aos bancos para que sejam contra as normas estaduais e municipais de segurança. Ora, se houve uma queda significativa dos assaltos a banco, muito se deve a presença dos dispositivos de segurança (porta giratória, câmeras de monitoramento, segurança, entre outros). Não faz sentido acabar justamente com aquilo que os protege.

O presidente da Fetec, Deonísio Schmidt, avalia que os bancos não estão preocupados nem com seus funcionários e nem com os clientes. “Pelas argumentações dos representantes dos banqueiros, entende-se que eles não querem negociar cláusulas de segurança. Os bancos querem transferir a responsabilidade do custo da segurança bancária para os trabalhadores e clientes bancários”, salienta.

O diretor estadual da Fetec e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Hennemann Jordão, disse que a proposta patronal vai totalmente contra os anseios da categoria. “Nós apresentamos uma proposta justamente para a manutenção dos equipamentos de segurança, mas a Fenaban propôs exatamente o contrário. Diante da atual conjuntura política e econômica, com desemprego, falta de renda, escalada de violência, entre outros problemas, é inadmissível deixar os bancos sem qualquer tipo de segurança, prejudicando trabalhadores e clientes. É um retrocesso sem tamanho. Também há a questão das unidades de negócios, que já não possuem segurança e há muitos relatos de bancários que são agredidos. Não podemos deixar isso acontecer”, afirma.

Para o secretário de políticas sindicais da Fetec, Reinaldo de Oliveira, o descaso patronal não chega a surpreender. “Os bancos sempre estiveram preocupados com a questão do custo, mas nunca deram muita atenção para a vida do trabalhador e do cliente. Não nos surpreendemos com esse descaso, mas isso não significa que iremos aceitar isso”, encerra.

Texto: Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec

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