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Bolsonaro é ‘candidato a ditador’, e democracia está seriamente ameaçada

O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, presidente da Comissão Arns, comemorou as centenas de milhares de adesões à Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito, além de saudar a união entre “capital e trabalho” em torno do manifesto Em Defesa da Democracia e da Justiça. Este manifesto é iniciativa da Fiesp, e foi apoiado também pelas centrais sindicais e dezenas de entidades da sociedade. Ambos os documentos serão lidos na próxima quinta, 11 de agosto, em atos públicos na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Entrevistado pelos jornalistas Cosmo Silva e Ana Rosa Carrara para o Revista Brasil TVT no último sábado (5), Dias afirmou que a luta é para manter a democracia no Brasil, “que está seriamente ameaçada pela truculência desse presidente, que é um delinquente e que está tresloucado. E é candidato, pelo voto, a ser ditador”.

“Não tenho a menor dúvida que estamos lutando contra o golpe que está para acontecer. É fundamental que sejamos claros nisto”, disse o presidente da Comissão Arns. Ele afirmou que Bolsonaro cometeu mais um crime de responsabilidade quando convocou embaixadores para “desacreditar” o sistema eleitoral brasileiro.

7 de setembro golpista

Mas, mais do que isso, ele pede atenção para as manifestações que Bolsonaro está convocando para o próximo 7 de setembro. O presidente chegou a declarar que iria transferir para a praia de Copacabana, reduto bolsonarista, o desfile das Forças Armadas em comemoração ao Dia da Independência. A prefeitura do Rio, no entanto, disse que o evento será mantido, como já é tradicional, no centro da capital fluminense. Ainda assim, durante o final de semana, Bolsonaro convocou seus apoiadores a comparecer em Copacabana durante a tarde.

“É um risco imenso à segurança de cada um de nós. Nós estamos vivendo um momento muito perigoso. Não podemos permitir que esse golpe venha a ser perpetrado”, disse Dias. Nesse sentido, ele afirmou que, durante a ditadura, a violência “vinha de cima para baixo”. Agora, o risco está “espalhado”, pelos milicianos e pelos civis armados e estimulados por Bolsonaro.

Assim, Dias afirma que os atos pela democracia, no dia 11, serão o momento de “dar um basta” ao golpismo, de modo a evitar que Bolsonaro “leve o Brasil à breca”. “Tenho 83 anos e, enquanto estiver vivo, estarei lutando pela democracia, pela liberdade. Respeitando, assim, as gerações futuras, que não querem receber um Brasil autoritário e sofrido”, ressaltou o jurista.

Assista à entrevista:

Fonte: RBA

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