A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) promoveu nesta sexta-feira (26) uma nova plenária para informar a categoria a atual situação da mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O evento foi realizado de forma virtual.
Diante da insistência de os banqueiros a não apresentar uma proposta condizente com os mais de R$ 50 bilhões de lucros dos bancos somente no primeiro semestre deste ano para os bancários e bancárias, a Fetec orientou os participantes a manter um estado de assembleia permanente e a rejeitar a “oferta” de repor apenas 75.8% da inflação do período, que foi de 8,88%. “Estamos em São Paulo negociando com os bancos. Se preciso for, ficaremos a noite toda aqui. Queremos que o setor que mais lucra no Brasil apresente uma proposta boa para a gente. Bora ganhar este jogo”, diz o presidente da Fetec-CUT-PR, Deonísio Schmidt
“Oficialmente, nem a Fenaban, nem o Banco do Brasil e nem a Caixa apresentaram uma proposta. Não podemos aceitar este descaso patronal. Por isso, a nossa orientação é de estado de assembleia permanente e rejeição desta proposta”, explica o representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) da Caixa no Paraná, Zelário Brenn.
A representante da COE do Banco do Brasil no Paraná, Ana Smolka, informou aos presentes toda a dificuldade que estão enfrentando na mesa de negociação. “O que estão nos oferecendo representa a perda da nossa dignidade. Estamos vivendo um ano difícil, inclusive com graves denúncias de assédio de um ex-presidente da Caixa. Ainda há muita coisa a ser contemplada, mas a Fenaban está ignorando. Não podemos aceitar isso”, afirma.
Não será o fim do mundo
Mesmo com o fim da ultratividade a partir do dia 1.º de setembro, em que o acordo coletivo deixará de ter validade, a situação não é vista como um “fim de mundo”, como aponta o presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região Antonio Fermino. Ele garante que nenhuma loucura será feita. “Embora haja pressão, não iremos fechar qualquer tipo de acordo que venha trazer prejuízos e reduzir os direitos da categoria. Nós da regional Curitiba, inclusive, já acertamos o estado de assembleia permanente. Os bancos lucraram muito e o que eles nos oferecem é um desrespeito. Não seremos prejudicados. Vamos lutar até o fim”, salienta.
Veja como foi a plenária
Texto: Flávio Augusto Laginski
Fonte: Fetec
