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Por 10:29 Agenda Sindical, Destaque

Sindicatos do Paraná defendem aceitação de proposta durante Plenária Estadual

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) e seus dez sindicatos filiados, incluindo o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região, realizaram na noite deste quarta-feira, 31 de agosto, plenária online de esclarecimentos sobre o processo negocial da Campanha Nacional dos Bancários 2022 e para defender a proposta de acordo com a Fenaban, bem como acordos específicos com os bancos Caixa, Banco do Brasil e Banrisul.

A plenária foi conduzida com os dois representantes do Paraná no Comando Nacional, Antonio Luiz Fermino, presidente do Sindicato de Curitiba, e Deonísio Schmidt, presidente da Fetec, junto da secretária geral da Fetec, Danielle Bittencourt, e do presidente da CUT Paraná, o bancário Márcio Kieller. Também participaram remotamente, para esclarecimentos, os representantes do Paraná nas negociações com BB e Caixa, Ana Smolka e Zelário Bremm, respectivamente.

Orientação pela aprovação das propostas

Os representantes das entidades sindicais enfatizaram a importância da aprovação da proposta da Fenaban, BB, Caixa e Banrisul, que avançaram após dezenas de rodadas de negociações, não somente nas cláusulas econômicas, mas principalmente, na manutenção de direitos que os bancos estavam propondo. Uma rodada de intervenções com os presidentes das dez entidades sindicais da base da Fetec também orientou os trabalhadores pela aprovação.

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Avanços na negociação

Conforme explicou Deonísio Schmidt, considerando a conjuntura atual no país, já havia a avaliação pelo movimento sindical de que seria uma campanha difícil. Ele pontuou as cláusulas que os bancos queriam modificar na Convenção Coletiva que iriam prejudicar bancárias e bancários:

>> o BB queria mudar a avaliação no GDP e recuou, mantendo os três ciclos de avaliação;
>> a Caixa queria transformar tíquetes mensais em diários e retirou essa ameaça;
>> a Fenaban queria implementar desconto de programa próprio na PLR adicional, que traria prejuízo, e recuou;
>> os bancos queriam clausular seis meses de interstício entre um afastamento e outro pela previdência para fins de complemento salarial e recuaram;
>> ameaçaram a estabilidade pré-aposentadoria e resistimos;
>> na segurança bancária queriam implantar diferentes modelos de agências que acabavam com as portas giratórias e transferiam a responsabilidade do banco para o cliente e o bancário, mas conquistamos um GT para discutir posteriormente, sempre defendendo a manutenção de portas de segurança e vigilantes.

Cláusulas econômicas

O presidente do Sindicato, Antônio Fermino relembrou que estamos numa conjuntura diferente, com os direitos garantidos pela CCT em risco com uma negociação realizada pela primeira vez desde o fim da ultratividade. “É um momento ímpar na história do movimento sindical, primeira vez que negocia antes de terminar a data-base, com a dúvida de como ficariam as negociações se os direitos vencem a meia noite de hoje (31 de agosto)”, explicou.

Ele defendeu os avanços nas cláusulas econômicas, que se efetivaram em duas das três prioridades apontadas pelos bancários e bancárias na consulta. “Tínhamos VA e VR, PLR e aumento real. Avançamos na parte econômica em dois deles e em um sem a integridade. Nossa pauta não se resume ao financeiro, mas é o ponto importante que demarca o início ou o fim da campanha”, diz. “Não sabemos ainda qual o índice da data-base, mas que estamos trabalhando com a estimativa de quase 100% do INPC”, afirma, considerando que o INPC para a data-base em 01 de setembro deve ser divulgado entre sexta e segunda-feira, e a proposta de reajuste nos salários é de 8%.

Confira aqui a proposta para as cláusulas econômicas

Outros pontos

>> Fermino explicou os avanços de clausular o teletrabalho, expandindo para bancos que não aceitavam negociar;
>> Falou sobre denúncias de assédio, sobre um protocolo com prioridade de atendimento à vítima e punição de culpados;
>> Avanços nas regras para controle e acompanhamento de metas;
>> Afirmou que a proposta está em avaliação em assembleia porque pendências com BB e Caixa também foram solucionados.

Além do índice de reajuste de 8% nos salários em 2022, a proposta prevê INPC mais 0,5% de aumento real em 2023; aumento no teto da PLR adicional para 13%; 10% de aumento no VR e VA, mais abono de R$ 1.000 no VA; ajuda de custo para o teletrabalho, sendo que todos os valores terão reajuste de reposição da inflação mais 0,5% de aumento real em 2023.

“A proposta faz uma composição que não abrimos mão de nenhum direito, com atualizações, dando ao trabalhador a recomposição, garantir num momento de ataques à classe trabalhadora, de redução de direitos, conseguimos nesse processo negocial a manutenção sem perda de direitos”, defende.

Respostas às dúvidas

Durante a plenária, bancárias e bancários participantes puderam tirar suas dúvidas, também sobre detalhes das negociações específicas BB e Caixa, quando também foi enfatizada a importância da defesa dos bancos públicos e o quão fragilizadas as empresas públicas estão na atual conjuntura.

Assembleia

A assembleia nacional de deliberação da proposta é online, teve início às 19h de 31 de agosto e segue até 19h de 01 de setembro.

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