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Por 10:41 Notícias

‘Tem algo de podre no ar’, diz Lula sobre imóveis dos Bolsonaro pagos com dinheiro vivo

O candidato da coligação Brasil da Esperança à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu nesta segunda-feira (5), em São Paulo, com trabalhadores, gestores e usuários do Sistema Único de Assistência Social (Suas). No evento, Lula disse que “essa não é uma eleição normal”, que é “mais difícil reconstruir do que fazer algo novo”. Ainda assim, prometeu recursos para reconstruir a área da assistência social no país.

“Não é possível que a gente não consiga fazer uma política tributária que garanta ao Estado arrecadar o suficiente para cuidar do seu povo. O papel do Estado é atender sobretudo os mais necessitados”, disse o ex-presidente.

Nesse sentido, Lula destacou a importância de eleger deputados e senadores comprometidos com a mudança social no país. “Se votarem nas pessoas que acreditam no Orçamento Secreto, não vai sobrar dinheiro para a gente cuidar do Suas”, ressaltou.

O ex-presidente citou também o escândalo imobiliário que envolve o presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos 30 anos, a família negociou 107 imóveis, sendo 51 deles em dinheiro vivo. O montante ultrapassa R$ 25 milhões em espécie. “Eu não sei o que é. O que eu sei é que tem algo podre no ar”, disse Lula sobre as origens suspeitas para tanto dinheiro. “Não é com salário de deputado que alguém compra isso. Essa gente, em vez de ficar dizendo que são honestos, tem que se explicar.”

Por outro lado, Lula citou que os assistentes sociais estão sem reajuste de salário há anos. “Este ano, no orçamento que ele mandou, não tem aumento para o servidor. Não tem aumento para o salário mínimo. Há quantos anos que não aumenta? Se não aumenta o mínimo, as pessoas mais necessitadas que sobrevivem dos benefícios da previdência vão passando cada vez mais necessidade”.

‘Lula não fecha igrejas, Lula abre o coração’

Presente no encontro, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, disse é preciso eleger um presidente que lute contra a “aporofobia” – o ódio aos pobres. “Em todas as cidades brasileiras a população de rua está sendo tratada com violência, desprezo e desdém”, afirmou o religioso.

Nesse sentido, padre Júlio reivindicou que o decreto 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPSR), vire lei. “Que os irmãos e irmãs em situação de rua possam se sentir pessoas inteiras, respeitadas, que não comam mais do lixo”, clamou o religioso.

Além disso, ele afirmou a Lula que não tenha vergonha de ser chamado de “ex-presidiário”. Disse se trata de um “privilégio”, pois viveu o sofrimento por que passam os encarcerados. “Você sabe o quanto nós temos esperança e precisamos de alguém que olhe para o povo, de alguém que sentiu fome, desprezo, e que foi maltratado”, afirmou o padre Júlio ao ex-presidente. “Você carrega isso na pele, e deve isso a Deus”.

Por fim, ele ainda rebateu a fake news espalhada por setores bolsonaristas evangélicos que diz que Lula, se eleito, atuaria para fechar templos e igrejas. “Não entrem em fake news. Lula não fecha igreja. Lula abre o coração”, disse o padre.

‘Gente é para brilhar, e não para morrer de fome’

Citando canção de Caetano Veloso, o ex-prefeito e ex-ministro da Educação Fernando Haddad, candidato da coligação Juntos por São Paulo ao governo paulista, disse que “gente é para brilhar, e não para morrer de fome”. Assim, estabeleceu como compromisso acolher famílias em situação de rua. “Vamos dar as mãos, uns aos outros, e vamos realmente fazer a diferença. É a virada de chave que o povo precisa reconhecer nos governos progressistas.”

Enaltecendo o trabalho dos assistentes sociais, Haddad ressaltou a participação desses profissionais em programas fundamentais durante a sua gestão pela prefeitura de São Paulo, como o Transcidadania e o De Braços Abertos. Também lembrou da articulação entre Educação e Assistência Social enquanto esteve no ministério. Com a ajuda da assistência social, disse que conseguiu trazer para as escolas 400 mil crianças com deficiência que recebiam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), mas não estavam matriculadas. Da mesma maneira, ressaltou o papel desses profissionais para combater a evasão escolar. Isso a frequência escolar era adotada como um dos critérios para o recebimento do Bolsa Família.

Contra o assistencialismo

Presente no encontro, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, disse é preciso eleger um presidente que lute contra a “aporofobia” – o ódio aos pobres. “Em todas as cidades brasileiras a população de rua está sendo tratada com violência, desprezo e desdém”, afirmou o religioso.

Nesse sentido, padre Júlio reivindicou que o decreto 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPSR), vire lei. “Que os irmãos e irmãs em situação de rua possam se sentir pessoas inteiras, respeitadas, que não comam mais do lixo”, clamou o religioso.

Além disso, ele afirmou a Lula que não tenha vergonha de ser chamado de “ex-presidiário”. Disse se trata de um “privilégio”, pois viveu o sofrimento por que passam os encarcerados. “Você sabe o quanto nós temos esperança e precisamos de alguém que olhe para o povo, de alguém que sentiu fome, desprezo, e que foi maltratado”, afirmou o padre Júlio ao ex-presidente. “Você carrega isso na pele, e deve isso a Deus”.

Por fim, ele ainda rebateu a fake news espalhada por setores bolsonaristas evangélicos que diz que Lula, se eleito, atuaria para fechar templos e igrejas. “Não entrem em fake news. Lula não fecha igreja. Lula abre o coração”, disse o padre.

Foto: Rovena Rosa/ABR

Fonte: RBA

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