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Por 11:21 Notícias, Recentes

‘Estar ao lado de Lula não é favor, é obrigação’, diz presidente do PDT

O presidente do PDT, Carlos Lupi, se encontrou nesta quarta-feira (5) com o candidato da coligação Brasil da Esperança à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e reafirmou o seu apoio ao petista. Ontem, a executiva do PDT já havia deliberado o apoio a Lula no segundo turno. Assim, Lupi afirmou que estar ao lado do ex-presidente, nesse momento, é estar ao lado “da democracia e da esperança”. “Estar ao seu lado não é favor, é uma obrigação”, acrescentou o pedetista.

Lula agradeceu o gesto e disse que o apoio do PDT não é importante apenas pelos votos que o partido somou no primeiro turno – Ciro Gomes terminou em quarto lugar, com 3,05% (3.595.557). “O PDT é muito importante pela sua história, pelo significado.”

Na mesma linha, Lula fez um aceno a Ciro, e disse que ele é maior do que os votos alcançados no primeiro turno. “O Ciro vale muito mais do que isso, é mais importante e significa mais do que isso.” Ele voltou a citar Ciro, ao lado do ex-governador de São Paulo Mario Covas (PSDB) e o ex-governador do Paraná Roberto Requião (hoje PT, mas que passou a vida toda no MDB), como exemplos de pessoas de quem aprendeu a gostar “de graça”, ainda que falassem mal dele e do PT em certos momentos. “Então acho que o PDT e o Ciro valem muito mais do que os votos que tiveram. Valem pela história, pelo compromisso, pela luta, pelas coisas que já fizeram pelo Brasil.”

Contra o “mal”

Pra Lupi, o que está em questão não é apenas a eleição de Lula, mas impedir a continuidade de um “mal” que se abate sobre a sociedade brasileira, fazendo referência ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). “Falei ontem e repito. Nós somos os partidos dos torturados, dos cassados, dos exilados. Jamais estaríamos ao lado dos torturadores”, disse. Nesse sentido, o presidente do PDT afirmou que Bolsonaro representa tudo o que os trabalhistas sempre combateram – como a homofobia, o racismo e a falta de respeito à cidadania.

Em meio ao clima de “guerra santa” que dominou a campanha presidencial nos últimos dias, Lupi também disse estar ao lado do “verdadeiro cristianismo”. “Na minha Bíblia, do meu Cristo, está ‘amai-vos uns aos outros’. Jamais ‘odiai-vos uns aos outros’. O meu Cristo perdoou Madalena e pediu para que atirassem a primeira pedra quem não tivesse pecado. O que está aí sendo vendido como cristão (Bolsonaro), na verdade é o diabo em forma de gente.”

Ele ainda se referiu a Bolsonaro como “corresponsável” pelas quase 700 mil mortes durante a pandemia. “Perdi familiares, perdi amigos. Isso dói. O povo brasileiro que tem memória há de se lembrar disso na hora de votar. Não podemos aceitar a omissão e a ignorância como regra, numa sociedade civilizada e democrática, como a brasileira.”

A caminho do Rio

Além disso, Lula agradeceu a presença do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), que teve 8% dos votos nas eleições para o governo do Rio de Janeiro. Disse que pretende voltar ao estado já na próxima semana, e espera contar com a participação de Lupi, Neves e de todos os pedetistas. “Estaremos na Cidade Maravilhosa e adjacências para ganhar as eleições do Bolsonaro no Rio de Janeiro. Aí eu vou poder cantar que o Rio de Janeiro continua lindo. Porque nós vamos ganhar as eleições, e a democracia vai voltar a reinar no Rio.”

Foto: Ricardo Stuckert

Fonte: RBA

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