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Simone Tebet leva propostas a Lula e anuncia apoio: ‘Não cabe omissão’

Com um discurso crítico e contundente de cerca de oito minutos e meio, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) declarou, nesta quarta-feira (5), seu apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República. “Ainda que mantenha as críticas ao candidato Lula (…) depositarei nele o meu voto, porque reconheço no candidato o seu compromisso com a democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente”, afirmou.

Nas votações de domingo (2), a candidatura de Simone Tebet obteve 4,9 milhões de votos (4,16% dos votos válidos), ficando à frente do pedetista Ciro Gomes (3,6 milhões, 3,04%). Ontem, o PDT havia anunciado que vai apoiar Lula, com o endosso de Ciro.

A senadora pelo Mato Grosso do Sul acrescentou que omitir-se na atual conjuntura seria “trair” sua trajetória de vida pública. “Não anularei meu voto, não votarei em branco. Não cabe a omissão da neutralidade”, disse a ex-candidata. Em sua fala, ela lembrou que também hoje a promulgação da Constituição Brasileira, que Ulysses Guimarães chamou de “Cidadã”, completa 34 anos.

Simone Tebet finalizou sua declaração de apoio à candidatura da coligação Brasil da Esperança dirigindo-se especialmente aos emedebistas. Ela pediu “desculpas aos companheiros que imploraram pela neutralidade, preocupados com eventual perda de algum capital político. O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós”. Em seguida afirmou que “há um Brasil a ser imediatamente reconstruído, um povo a ser novamente reunido na diversidade, antes e sempre a nossa maior riqueza, hoje esmigalhada por todos os tipos de discriminação”.

Cinco propostas e responsabilidade fiscal

Em um momento em que pareceu se emocionar, Tebet lembrou que “o Brasil voltou ao mapa da fome” e que “o Orçamento da União tornou-se secreto”. A senadora revelou que, na conversa para tratar de seu apoio, fez cinco propostas ao PT e Lula, considerando a necessidade de haver “responsabilidade fiscal como meio de alcançar o social”.

Segundo ela, as propostas foram:

  • na educação, ajudar munícipios a zerar as filas na educação infantil e desenvolver ensino médio técnico;
  • na saúde, zerar a fila de exames que ficaram atrasados devido à pandemia de covi-19;
  • resolver o endividamento das famílias até três salários mínimos;
  • sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres, que foi aprovada no Senado e está parada na Câmara;
  • e um “ministério plural, com homens mulheres, negros, pessoas com deficiência. Com competência, ética e vontade de servir o povo brasileiro”.

A agora aliada de Lula e da Coligação Brasil da Esperança deixou uma mensagem final de disposição em trabalhar pela eleição. “Até 30 de outubro estarei na rua vigilante, meu grito será pela defesa da democracia e justiça social. Minhas preces, por uma campanha de paz”, concluiu.

Fonte: RBA

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