A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) vem a público repudiar o caso de racismo envolvendo a advogada e conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná (CEDMPR) Mariana Lopes, em Curitiba, no último dia 16.
A conselheira esteve em uma unidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e teve o atendimento recusado por uma funcionária. De acordo com a advogada, ela não foi atendida por causa da cor da pele.
Lopes então entrou em contato com a comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que cuida de casos desta natureza, que confirmaram que a servidora mal olhou para a vítima, deixando claro o preconceito da funcionária. A OAB deu voz de prisão e a servidora foi até a sede da Polícia Federal para prestar depoimento.
A secretária geral da Fetec e conselheira do CEDMPR, Daniele Bittencourt, lamentou o episódio sofrido por Lopes. “A Mariana tem nossa total solidariedade. Este fato desprezível só demonstra o quanto precisamos trabalhar para que atitudes racistas sejam expurgados na nossa sociedade”, salienta.
Veja abaixo a nota de repúdio do CEDMPR
O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná (CEDMPR), vem por meio desta
nota de repúdio, somar as manifestações de indignação com a situação vivenciada pela nossa companheira e conselheira Dra Mariana Lopes.
O racismo que permeia nossas Instituições, as quais deveriam prestar atendimento
isonômico a toda a população, manifesta-se também em todas as instâncias da nossa sociedade e atinge de forma brutal toda a população negra.
Em pleno mês da consciência negra, quando se espera que as pessoas estejam
devidamente esclarecidas que racismo é crime, defrontamo-nos com essa situação inadmissível.
Assim esse Conselho presta solidariedade a conselheira Mariana e acompanha os
desdobramentos desse caso para que a justiça seja feita.
Em pleno século XXI não há mais lugar para o racismo ou qualquer outro tipo de
discriminação.
Texto: Flávio Augusto Laginski
Fonte: Fetec