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Por 10:41 Notícias

Fetec está na luta contra a privatização da Copel

A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) está ao lado dos paranaenses na luta contra a privatização da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel). A proposta da venda da estatal é do governador Ratinho Júnior (PSD).

A Fetec entende que esta medida irá trazer prejuízos imensos para o povo paranaense, pois entende que a companhia tem grande importância no desenvolvimento do Paraná.

Ao longo dos seus 68 anos, a Copel criou e patrocinou a criação de institutos de pesquisa em geração, transmissão, distribuição e consumo de energia. Foi ainda fundamental para aprimorar e desenvolver a engenharia no Estado.

Para o presidente da Fetec, Deonísio Schmidt, o governador está traindo o Paraná com esta medida. “Os Estados que privatizaram suas estatais de energia elétrica pagam até hoje por esse erro. Os serviços pioraram e os preços aumentaram. O governador vai na contramão do que é bom para o Paraná ao adotar esta política neoliberal irresponsável. No apagar das luzes de seu primeiro mandato, Ratinho trai a população na tentativa de entregar um dos maiores orgulhos do Paraná para a inciativa privada”, opina.

Deonísio afirma que a Fetec, em conjunto com o movimento sindical e social, bem como o povo paranaense, vai lutar contra a privatização da Copel. “A Fetec vai agir da mesma forma quando o governador Jaime Lerner quis privatizar a Copel no início deste século. Vamos para as ruas, para a Assembleia Legislativa, para a frente do Palácio Iguaçu. Não vamos aceitar este desmando”, salienta.

Texto: Flávio Augusto Laginski

Fonte: Fetec

Ratinho Júnior anuncia venda de ações e Estado perderá controle da Copel

Ao contrário do que disse no dia 21 de outubro, o governador Ratinho Júnior (PSD), reeleito no primeiro turno, deu nesta segunda-feira (21) o principal passo rumo à privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Em comunicado enviado aos acionistas, o governo informou que irá transformar a Copel  em companhia de capital disperso (sem acionista controlador) e que vai diminuir a  participação acionária do governo do estado de 31% para, no mínimo, 15%.

Em outubro, Ratinho Júnior disse em entrevista ao Valor Econômico que não tinha planos de privatizar a Copel e que ia manter o papel de indutora de investimentos em energia limpa no Estado. De acordo com o governador, a empresa tem entregado ao consumidor paranaense tudo o que foi estabelecido em sua missão.

Apesar disso, na mesma entrevista,  ele ressaltou que o governo podia rever a posição de não desestatizá-la numa eventual mudança de cenário. Com ou sem mudança de cenário, o comunicado aos acionistas enviado nesta segunda significa, na prática, a venda de parte significativa da Copel, estatal que fornece energia elétrica na maior parte do estado, como mostra a repórter Rosiane Correia de Freitas, do Portal Plural Curitiba. Esta é a maior tentativa de privatização da Copel desde o governo Jaime Lerner, há duas décadas, diz o texto.

O Governo de Ratinho já vendeu a Copel Telecom, subsidiária da Copel do setor de telecomunicações. E anunciou a venda de uma usina em Araucária. Agora o governo confirma a venda de parte de sua participação acionária na estatal.

Privatização

O comunicado informa também que o desinvestimento irá prever que nenhum acionista deverá deter mais de 10% do número de votos na Assembleia Geral da companhia. Esse limite se aplicará inclusive a acordos entre acionistas.

O Governo do Paraná também deverá manter o poder de veto a “deliberações da assembleia geral relacionadas às matérias de que trata este parágrafo e à autorização para os administradores aprovarem e executarem o Plano Anual de Investimentos da Copel Distribuição caso os investimentos, a partir deste ciclo tarifário, considerados prudentes pela Aneel, não atinjam, no mínimo, 2,0x da Quota de Reintegração Regulatória (QRR), daquele mesmo ciclo de Revisão Tarifária Ordinária e/ou, no acumulado, até o final da concessão”.

Tentativa de venda

No início dos anos 2000, depois da venda do Banestado, o governo Jaime Lerner chegou a fazer um processo para a privatização total da Copel. A alegação era de que a companhia não tinha mais como se manter competitiva. O processo chegou a ser aprovado na Assembleia Legislativa depois de muitos protestos, mas o leilão para a privatização da Copel acabou fracassando.

Nos últimos anos, o maior passo rumo à privatização da Copel foi a venda, já no governo Ratinho, da Copel Telecom, subsidiária responsável por serviços de Internet e fibra ótica.

Fonte: CUT

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