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Por 10:34 Destaque, Santander

Modelo de negócios do Santander traz insegurança para funcionários na região de Curitiba

Um assalto que ocorreu na agência do Santander na cidade de Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, às 17h40 do dia 4 de junho, ganhou notoriedade por expor o modelo de negócios do banco, que explora funcionários no desvio de função de abastecimento de caixas eletrônicos, sem qualquer preocupação com a segurança do procedimento.

Conforme publicações na imprensa a partir de esclarecimentos da polícia civil, um segurança, um gerente e mais um funcionário foram rendidos por três assaltantes a mão armada enquanto abasteciam os caixas eletrônicos da agência no final da tarde. Uma das pessoas seria gestante e os assaltantes levaram R$ 400 mil em espécie, além de pertences pessoais dos trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região têm alertado ao Santander, sem sucesso, que medidas tomadas pelo banco nas adequações do que eles chamam de “loja”, mas na verdade é uma agência bancária com demanda de segurança específica para circulação de dinheiro, têm como consequência a fragilidade na segurança para trabalhadores e clientes.

“No caso dessa agência, a Superintendência Regional alega que não há circulação de dinheiro e que por isso não precisa das medidas de segurança. O Sindicato cobra do banco e não é atendido. Também temos a informação que o sistema de monitoramento do Santander não funcionou”, denuncia Lilian Graboski, diretora da Fetec-CUT-PR.

Coincidência ou não, uma outra agência sofreu tentativa de assalto na mesma semana, no bairro Pinheirinho, em Curitiba, além de outras agências da capital terem a mesma característica de “loja”, como a agência Bacacheri e a Portão, com recuo ou retirada da porta de segurança e o uso de desvio de função de funcionários, que assumem a responsabilidade de abastecimento de caixas eletrônicos sem qualquer condições de segurança que são garantidas, por exemplo, pelas empresas que abastecem os caixas em outras instituições financeiras.

“Até quando o Santander vai contabilizar colaboração com investigações e suporte aos funcionários afetados, ao invés de garantir que uma agência bancária com circulação de dinheiro tenha medidas de segurança adequadas para o trabalho a ser realizado e o atendimento aos clientes?”, questiona Denner Halama, representante do Paraná na COE Santander.

A agência bancária do Santander em Almirante Tamandaré foi inaugurada como “loja” em outubro de 2021, com uma divulgação que salientou tanto a expansão do banco no estado do Paraná quanto a necessidade de oferta de serviços estruturados para os grandes empreendimentos na cidade, que tem grandes empresas de mineração.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região

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