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Por 11:01 Itaú, Recentes, Regional Curitiba

Dia Nacional de Luta no Itaú tem protesto contra demissões e adoecimento

O Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região realiza, nesta terça-feira, 29 de outubro, atividades nos locais de trabalho do Itaú na região central da capital em um Dia Nacional de Luta. Os atos nacionais são para denunciar as práticas de gestão do Itaú que contribuem para o adoecimento dos trabalhadores e também as terceirizações, fechamento de agências e demissões abusivas.

“A precarização das relações do trabalho afeta toda a sociedade, porque quando um cliente busca uma agência bancária para ser atendido, ele encontra um esvaziamento de trabalhadores, e os que estão lá, terceirizados, são trabalhadores precarizados e sem direitos. Tanto nas agências físicas quanto as digitais, os trabalhadores do Itaú estão precarizados e a intenção do banco é retirar direitos para baratear a mão de obra e entregar mais lucro para os acionistas. É isso que o Sindicato está denunciando e é contra isso que historicamente nós lutamos”, denuncia a presidenta do Sindicato, Cristiane Zacarias.

No mês em que o banco celebra midiaticamente seus 100 anos, o movimento sindical bancário faz seu contraponto sobre a exploração e a falta de reconhecimento ao trabalho e dedicação exercidos pelos funcionários. “O banco Itaú comemora 100 anos com o mote ‘feito de futuro’, mas, na verdade, nós sabemos que no Brasil inteiro os trabalhadores vivem um desconforto muito grande dentro das unidades: pressão por cumprimento de metas, adoecimento generalizado e demissões injustificáveis”, avalia o diretor de Comunicação do Sindicato, Junior Cesar Dias, que é bancário do Itaú.

As condições de trabalho são precárias e desafiadoras, com pressão intensa, que resulta em demissão, até mesmo por justa causa, inclusive para quem já, por exemplo, agendou prova para renovação das CPAs, sob a justificativa de falta de qualificação. E para quem continua no emprego, o cenário é de esgotamento, exaustão, metas abusivas e sobrecarga de trabalho. As terceirizações e fechamento de agências contribuem ainda mais para acentuar o cenário de adoecimento emocional dos trabalhadores.

“O ato nacional vai ter consequências, nós vamos continuar mobilizados enquanto o Itaú continuar com a prática de deixar acontecer o que está acontecendo dentro das unidades. Isso pra nós é uma afronta: contra a organização dos trabalhadores, contra a vida pessoal e profissional dos trabalhadores. Não é de hoje que o Itaú vem através de sua política de pressão e opressão fazer com que os trabalhadores se sintam desconfortáveis dentro das unidades. Tem gestores que acabam absorvendo isso de maneira indevida e passam isso para a equipe de maneira ainda pior, o que reflete na nossa preocupação com a saúde e a segurança no trabalho”, finaliza Dias.

O futuro que o Itaú quer é diferente do futuro que os trabalhadores precisam

São muitas as contradições entre a realidade dos bancários e a imagem que o banco promove para a população. Os funcionários são desvalorizados na mesma medida que o lucro continua crescendo. O único futuro que os trabalhadores conseguem enxergar é de pressão, desrespeito e precarização. As advertências e punições são arbitrárias, as demissões por justa causa são absurdas, a terceirização tem causado grande impacto no fechamento de vagas de trabalho do banco na categoria bancária. Em 2024, já foram fechadas 175 agências e 1.785 postos de trabalho.

Esse futuro, que já se manifesta no presente, é adoecedor. Cerca de 90% dos atendimentos dos Sindicatos a bancários do Itaú são ocasionadas por doenças psíquicas relacionadas ao trabalho. Esse é o clima organizacional que o Itaú permite que aconteça enquanto comemora festivamente seus 100 anos de atuação no país.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região

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