O Bradesco anunciou aos seus trabalhadores na última quinta-feira, 2 de janeiro, seu novo programa de remuneração denominado Supera, construído a partir de negociação com o movimento sindical e que garante remuneração a partir de 95% do atingimento das metas.
Melhora nos critérios de avaliação
“O Supera foi negociado com o movimento sindical e isso permitiu que alguns critérios fossem melhorados. O plano que está sendo divulgado no início deste ano de 2025 não poderá ter regras alteradas ao longo do ano”, afirma Karla Huning, representante do Paraná na COE Bradesco.
Diferenças para o PDE
O programa de remuneração anterior, o PDE, atingia apenas uma parte dos funcionários e o Supera foi anunciado pelo Bradesco com o compromisso de atingir todo o banco em todas as áreas.
“O acordado é que será iniciado com 64% dos funcionários em 2025 e as demais áreas até final de 2026. Outra vantagem é que neste novo programa o critério de atingimento será por indicador e não mais por média, o que deve favorecer o controle de atingimento em relação aos valores”, explica a dirigente.
A presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região, Cristiane Zacarias, que é funcionária do Bradesco, lembra ainda que o PDE, além de ter regras muito complexas e nada transparentes, também piorava as relações entre os trabalhadores e o assédio nos locais de trabalho, por isso a luta do movimento sindical para modificá-lo e participar da construção do novo programa. “Mesmo com este novo programa de remuneração, é preciso que os bancários relatem ao Sindicato as dificuldades que possam encontrar para que possamos atuar”, enfatiza. “De todo modo, é um avanço conseguir trazer mais pessoas para dentro de um programa de remuneração, já que todos produzem para gerar o lucro do banco”, afirma Cristiane Zacarias.
Programa de Resultados do Bradesco (PRB)
Além do Supera, o banco anunciou a criação do Programa de Resultados do Bradesco (PRB), e que contemplará todos os funcionários da rede de agências, condicionado à ROAE.
“Nesse novo programa de remuneração, haverá pagamento de parcela fixa que complementará a PLR da CCT. Entendemos que o programa está atendendo uma demanda de remunerar o que é exigido no banco e não pode ser instrumento de maiores cobranças, por esse motivo seguimos acompanhando a implantação e resultados”, finaliza Karla Huning.
Valor das parcelas fixas
- Se a ROAE atingir 15,5%, o banco pagará R$ 1.000
- Se a ROAE atingir 17%, serão pagos R$ 2.000
- Se a ROAE atingir 18,5% serão pagos R$ 2.500
Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região
